Entrincheiramento gerencial e criação de valor nas cooperativas de crédito brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Canassa, Bruno José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-27112018-144552/
Resumo: O entrincheiramento gerencial se caracteriza pela redução dos direitos dos proprietários de qualquer organização, que passam a ter gestores fortalecidos e protegidos. Embora pesquisas apontem o entrincheiramento como redutor do valor nas empresas de capital aberto, teoricamente as cooperativas de crédito possuem características que tornam divergentes os possíveis efeitos do entrincheiramento gerencial sobre a criação de valor, ao potencializar problemas de agência ou originar relações de stewardship. Entretanto, pouco se sabe sobre esta relação nas cooperativas, sem haver investigação empírica sobre esta associação. Dentro deste contexto, este trabalho investigou o entrincheiramento gerencial nas cooperativas de crédito brasileiras e sua associação à criação de valor. Utilizando dados encontrados nos estatutos sociais vigentes no ano de 2016, foi desenvolvido um índice de entrincheiramento baseado em previsões sobre dualidade, manutenção no cargo, trocas de conselheiros e limites contra candidaturas rivais, com a associação ao valor testada por técnicas de mínimos quadrados ordinários e em dois estágios. As estimações realizadas apontaram uma associação negativa entre o índice de entrincheiramento e a criação de valor, realçada pelo uso de mínimos quadrados em dois estágios, que persistiu em análises envolvendo amostras específicas de cooperativas, à exceção da amostra composta por cooperativas de livre admissão. Os resultados alinham o caso das cooperativas de crédito ao das empresas de capital aberto, o que pode implicar em uma similaridade entre estas formas organizacionais, apesar de teoricamente serem apresentadas como distintas.