Análise da qualidade da polimerização e da degradação de cimentos resinosos utilizados na cimentação de pinos de fibra de vidro por meio de testes de microdureza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pedreira, Ana Paula Ribeiro do Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25135/tde-12062007-110646/
Resumo: Os cimentos resinosos têm sido largamente utilizados em odontologia restauradora com a finalidade de reter o pino intra-radicular e dissipar tensões entre este e a raiz. Entretanto, o grau de conversão alcançado pelos mesmos influencia suas propriedades mecânicas, biocompatibilidade e degradação pela água e pelos ácidos bucais. Testes de microdureza podem ser aplicados para estimar o grau de conversão de compósitos, uma vez que apresentam boa correlação com a espectroscopia infravermelha. Este trabalho objetivou analisar a microdureza de quatro cimentos resinosos de polimerização dual utilizados na cimentação de pinos de fibra de vidro, nos períodos inicial, após 24 horas de imersão em etanol a 75% e após 3 meses de armazenamento em água, e testar a hipótese de que não há diferença entre a microdureza dos terços cervical, médio e apical na linha de cimento. Quarenta incisivos bovinos tratados endodonticamente foram distribuídos em quatro grupos para a cimentação de pinos Fibrekor® (Jeneric/Pentron) de 1mm de diâmetro, sendo: Grupo 1 - Panavia F 2.0 (Kuraray Medical Inc.), Grupo 2 - Variolink (Ivoclar), Grupo 3 - Rely X Unicem (3M ESPE) e Grupo 4 - Duolink (Bisco). Após a cimentação, as raízes foram divididas em 2 subgrupos, sendo 5 seccionadas após 7 dias para análise da microdureza inicial e 5 mantidas íntegras em água deionizada por 3 meses, para avaliação da microdureza final no microdurômetro Shimadzu HMV (Japan). Após a mensuração inicial, as raízes seccionadas eram armazenadas a 37º C por 24h em 10mL de solução de etanol a 75%, e reavaliadas. Foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre cimentos, terços e períodos (inicial ou após 24h de imersão em etanol a 75%), bem como interações entre cimento/terços e cimento/períodos de avaliação. O cimento Panavia exibiu os valores de microdureza inicial significativamente superiores, sem diferença estatística entre os demais cimentos. Os valores de microdureza inicial por terços não seguiram um padrão homogêneo; os cimentos Variolink e Duolink exibiram valores de microdureza significativamente superiores no terço cervical, sem diferença significativa entre os terços para os demais cimentos. A imersão em etanol reduziu significativamente a média dos valores de dureza para todos os cimentos; o comportamento por terços variou em função do material. O armazenamento em água por 3 meses não exerceu influência sobre a dureza da maioria dos cimentos, com exceção do Unicem, que exibiu aumento significativo dos valores de dureza após esse período. Portanto, a hipótese proposta neste estudo foi rejeitada.