Detecção de sintomas respiratórios em trabalhadores expostos a aerodispersóides com espirometria normal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paulino, Ana Carolina Botto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-23032018-144533/
Resumo: Introdução: A asma relacionada ao trabalho é a doença respiratória ocupacional mais comum e engloba a asma ocupacional e a asma agravada pelo trabalho. No Brasil, a legislação (NR7) determina que exames espirométricos sejam realizados periodicamente para os trabalhadores expostos a aerodispersóides. Essa determinação teria, entre seus propósitos, o de detectar doenças respiratórias, incluindo asma, mais precocemente e reduzir o risco ao trabalhador. No entanto, a capacidade dessa rotina em detectar a asma precocemente necessita de confirmação. O objetivo do estudo foi analisar a ocorrência de sintomas nos trabalhadores expostos à aerodispersóides que apresentam espirometria normal. Assim, conheceremos as possibilidades de haver doença respiratória nesses casos. O estudo foi desenvolvido com 180 trabalhadores da cidade de Franca que apresentam exposição à aerodispersóides e que tinham espirometria normal; foi aplicado um questionário testado e validado para sintomas respiratórios e relação desses sintomas com o ambiente de trabalho. Resultados: Os sintomas foram detectados em 48 (26,7%) dos trabalhadores. Algum sintoma, incluindo sintoma nasal e prurido ocular, foi detectado em 26,7% da amostra de trabalhadores com espirometria normal. Dentre os sintomas compatíveis com asma, falta de ar estava presente em 8,3% da amostra; tosse, em 7,7% da amostra e sibilos em 3,3%. O tempo médio de exposição de 67 meses e idade média de 37 anos todos com espirometria normal. Conclusão: O presente estudo permitiu identificar os sintomas respiratórios apresentados pelos trabalhadores expostos a aerodispersóides, tipo e tempo de exposição, dados esses que podem contribuir para o melhor planejamento das ações de prevenção de doenças respiratórias ocupacionais. É possível haver doença respiratória, inclusive asma, em trabalhadores com espirometria normal, o que sugere que um questionário de sintomas poderia melhorar a capacidade de detectar doença respiratória ocupacional nos trabalhadores expostos.