Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Fine Thomaz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-20191218-181319/
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Resumo: |
Os laudos periciais que instruem processos de desapropriação de áreas de interesse ambiental, têm apresentado avaliações que freqüentemente estão associadas, entre outros aspectos, a estimativas de volume de madeira muito acima da realidade das áreas avaliadas, preço da madeira em pé exageradamente acima do que o mercado estaria disposto a pagar e estimativa de lenha abaixo da realidade. Tudo isso, tem provocado alguns desvios, acarretando super valorizações de propriedades. Neste trabalho, foi avaliado um trecho do componente arbóreo da floresta estacionaI semidecidual da Estação Ecológica dos Caetetus, localizada entre os municípios de Gália e Alvinlândia, Região Centro-Oeste do Estado de São Paulo e coordenadas geográficas 22°41' a 22°46'S e 49°10' a 49°16' N. Foram comparados os resultados relativos à composição, estrutura e estoque de madeira, obtidos por dois métodos de amostragem, com os dados apresentados no laudo de desapropriação da gleba, que hoje é a Estação Ecológica dos Caetetus. Efetuou-se o levantamento fitossociológico, utilizando-se os métodos de parcelas de área fixa e de pontos quadrantes. Foi estabelecida uma grade de 64 parcelas de 90m2 (10 x 9Om) sistematicamente distribuídas e em cada parcela, foram instalados 5 pontos quadrantes, totalizando 320 pontos e a amostrados todos os indivíduos com DAP ≥ 5cm. Os 7.520 indivíduos amostrados nas parcelas distribuíram-se em 45 famílias, 106 gêneros e 140 espécies, enquanto nos pontos quadrantes (1280 indivíduos) foram amostrados 35 famílias, 76 gêneros e 95 espécies. As famílias mais representadas foram Myrtaceae, Mimosaceae, Meliaceae, Euphorbiaceae, Rutaceae, Lauraceae, Flacourtiaceae, Sapindaceae e Fabaceae. Constatou-se tratar de uma floresta madura, uma vez que 77% dos indivíduos amostrados pertencem às fases tardias da sucessão ecológica. Cerca de 70% dos indivíduos amostrados estão no sub-bosque. As espécies com maior IVI pelos dois métodos foram: Metrodorea nigra, Aspidosperma polyneuron, Ocotea indecora, Centrolobium tomentosum, Trichilia catigua, Syagrus romanzoffiana, Balfourodendron riedelianum, Gallesia integrifolia e Chrysophyllum gonocarpum. As espécies que mais apresentaram indivíduos perfilhados foram M. nigra (8,42% nas parcelas e 8,03% nos quadrantes) e O. indecora (41,35% nas parcelas e 38,46% nos quadrantes). O valor total da floresta estimado pela amostragem por parcelas foi de 170,56 m3ha-1 com 32,27 m3ha-1 de madeiras de classe I, 17,07 m3ha-1 de madeira de classe II, 28,68 m3ha-1 de classe II e 92,54 m3ha-1 de lenha. Pelo método dos quadrantes foi estimado um volume total de 169,66 m3ha-1, sendo 31,18 m3ha-1 de madeiras de classe I, 15,03 m3ha-1 de madeira de classe II, 27,26 m3ha-1 de classe III e 92,19 m3ha-1 de lenha. Os dois métodos mostraram-se eficientes para estimar o volume da floresta estudada Ao final, constatou-se que os valores apresentados no laudo de desapropriação, foram super estimados em 44,24%. |