Investigação de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) entre estudantes de odontologia e suas repercussões na destreza manual e desempenho cognitivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Maria Aparecida da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-18032015-165134/
Resumo: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por caracterizado por desconcentração frequente, falta de controle dos impulsos e comportamento hiperativo iniciados na infância que permanecem por toda a vida em até 75% dos casos. O transtorno está associado a adversidades como baixo desempenho escolar e outras condições comórbidas, como ansiedade, depressão, uso de substâncias psicoativas e problemas de coordenação motora, principalmente destreza manual, este último mais descrito na infância e nomeado por Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). O presente estudo teve duas fases: na primeira, o objetivo foi investigar a frequência de autorrelato de sintomas de TDAH em uma população de estudantes de Odontologia; na segunda, confirmar clinicamente o diagnóstico desse transtorno, avaliar história pregressa de problemas motores (se presença do TDC) e aplicar instrumentos para avaliar destreza manual e aspectos psicossociais. Material e Métodos. Foram incluídos 408 estudantes do curso de Odontologia da Universidade de São Paulo na primeira fase, com idade média de 22± 4,06 anos, aplicada a escala de autorrelato para sintomas de TDAH - Adult Self Report Scale (ASRS). Na segunda fase, foram identificados os casos considerados risco para TDAH (47 estudantes) e convocados para entrevista clínica para avaliação de diagnóstico do TDAH e de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, conforme critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística para Transtornos Mentais quarta edição (DSM-IV). Foram incluídos 10 estudantes com TDAH e 19 controles sem TDAH, pareado para gênero e idade. Houve um estudante com diagnóstico de TDAH+TDC. Instrumentos aplicados: escala de Beck-ansiedade, Escala de Beck-depressão, ASSIST, WHOQOL-bref, teste Grooved- Pegboard e Pick-up teste de Moberg. Foi formado um grupo controle sem diagnóstico de TDAH, pareado para gênero e idade. A estimativa de TDAH foi baseada na proporção de casos com escores elevados na escala ASRS; para o estudo de caso controle, foram feitas análises utilizando testes não paramétricos (Qui-quadrado, Wilcox, Mann-Whitney). O nível de significância considerado foi <5%. Resultados: para a primeira fase, 11,5% tiveram altos escores para sintomas de TDAH; na segunda fase, diagnóstico clínico em 10 sujeitos e 19 controles. Houve um estudante com diagnóstico de TDAH+TDC. O grupo TDAH apresentou-se diferente do controle para as seguintes variáveis: autorrelato de sintomas depressivos (p=0,027), desempenho acadêmico (p= 0,009), destreza manual (p=0,017) e qualidade de vida no domínio físico (p=0,01). Conclusão: Universitários com TDAH apresentam mais adversidades em relação a seus pares não TDAH, como mais sintomas depressivos, mais prejuízo acadêmico e pior qualidade de vida, assim como pior destreza manual.