Nasalância na presença e ausência da fricativa faríngea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Guerra, Thaís Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-12012015-153859/
Resumo: Objetivos: Estabelecer um banco de amostras de fala constituído por gravações representativas do uso de articulação compensatória do tipo (FF), da presença de hipernasalidade e da ausência de hipernasalidade; identificar valores de nasalância (média e desvio padrão) em amostras de fala estudadas; e comparar os valores de nasalância nas diferentes amostras de fala. Método: Um total de 1680 amostras de fala foram fornecidas por 19 indivíduos com fissura labiopalatina (FLP) operada, com ou sem disfunção velofaringea (DVF) e por cinco indivíduos sem DVF e sem histórico de FLP. Os participantes repetiram um conjunto de 14 frases (13 constituídas de sons de alta pressão e uma constituída de um som de baixa pressão), enquanto os sinais de áudio e nasalância foram capturados simultaneamente. Os sinais de áudio foram editados e foram julgados por três juízas experientes por consenso. Após julgamento as amostras foram reagrupadas em quatro grupos distintos: G1 incluiu 255 amostras de fala julgadas como representativas de hipernasalidade (hiper); G2 incluiu 130 amostras de fala julgadas como representativas do uso de FF e hipernasalidade; G3 incluiu 280 amostras de fala julgadas como representativas de fala típica (sem FF e sem hiper) em falantes com histórico de FLP; G4 incluiu 175 amostras de fala julgadas como representativas de fala típicas (sem FF e sem hiper) em falantes sem histórico de FLP. Resultados: Os julgamentos aferidos por consenso pelas três juízas permitiram a identificação de amostras representativas do uso de FF e da presença e ausência de hipernasalidade. As amostras julgadas e redistribuídas nos quatro grupos de interesse permitiram o cálculo dos valores de nasalância para cada grupo e foi realizado estatística inferencial utilizando o teste Kruskal-Wallis para testar a hipótese de que a presença de FF, associada ou não à hipernasalidade, nas amostras de fala de interesse, altera os resultados de nasalância. Quando houve diferença estatisticamente significante foi aplicado o teste Dunn\'s para comparar os grupos aos pares. Após a análise estatística inferencial realizada observa-se que houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos com alteração de fala (G1 e G2) e aqueles sem alteração (G3 e G4). A diferença entre o grupo com hipernasalidade (G1) e o grupo com FF (G2) não foi significante Conclusão: O uso de FF não influenciou significativamente os valores de nasalância para a amostra estudada, refutando a hipótese estipulada.