Atenção primária na saúde suplementar: organização, potencialidades e desafios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Sarah Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-20122024-134813/
Resumo: O sistema de saúde suplementar começou a galgar esforços no estabelecimento de serviços baseados na Atenção Primária à Saúde (APS), buscando gerar qualidade assistencial e qualificar as suas despesas. Mas ainda são poucas as experiências documentadas. Este projeto teve o objetivo de analisar a organização de um serviço na saúde suplementar que tinha a APS como base da sua estrutura. Tratou-se de um estudo de caso único, exploratório e qualitativo, desenvolvido a partir de entrevista com nove profissionais que atuam na instituição, notas de pesquisa da autora-pesquisadora, implicada na realidade do serviço, e vídeos publicitários institucionais. A atenção ao primeiro contato e a longitudinalidade foram os atributos essenciais focalizados na proposta de organização do serviço de APS investigado, mas que já pressupunha a fragmentação do cuidado a partir de uma assistência conduzida por diferentes equipes, com foco distintos, que nem sempre conseguia estabelecer processos de comunicação e de referência e contrarreferência eficazes, com prejuízos à coordenação do cuidado e à integralidade da atenção. Após reestruturação do fluxo de atendimento, baseado na avaliação de risco do indivíduo e cujo foco foi resguardar a sustentabilidade financeira institucional, apenas os beneficiários considerados de alto risco mantiveram uma equipe de referência. O alto custo do serviço e a cultura de utilização do sistema privado que privilegia o acesso a especialistas foram considerados os principais desafios a serem enfrentados no processo de implementação da APS na saúde suplementar. A disponibilidade de recursos e de tecnologias foram as potencialidades mais relatadas. O diagnóstico situacional do caso estudado ensejou o desenvolvimento de um glossário sobre a APS na saúde suplementar, para que sirva de material de consulta a organizações, gestores e profissionais da saúde suplementar no processo de organização de serviços de APS.