Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lima, Leandro Santos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-18112011-133826/
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Resumo: |
Até poucas décadas atrás reinava a idéia de que o bandeirismo paulista tinha sido o resultado natural de uma raça de gigantes que foi obrigada, devido ao suposto abandono da metrópole, a adentrar o sertão para buscar o remédio para sua pobreza. Essa definição colocava tal fenômeno histórico num patamar de influências exclusivamente locais, considerando-o atípico e isolado de qualquer relação com a empresa colonial portuguesa. Porém, a historiografia atual, ao revisitar esse tema, vem propondo novos caminhos analíticos diferentes daqueles que até então vigoravam. Seguindo a atual tendência, a presente pesquisa teve por objetivo analisar pontualmente o bandeirismo taubateano, entre os anos de 1645 e 1720, como um fenômeno histórico, fruto de um processo econômico, social e político, tanto de caráter local, como também, colonial. Verificou-se que a segunda metade do século XVII assistiu a uma reorientação nas incursões sertanistas, tanto de caça ao índio como de pesquisa mineral. Essas atividades, se por um lado eram financiadas pelo capital privado, que podia, ou não, ser do próprio grupo social bandeirante, por outro lado recebiam o incentivo oficial vindo da metrópole por meio da correspondência entre os agentes oficiais da administração portuguesa. O bandeirante, visando a dominação do poder local, desejava não só enriquecer, mas também enobrecer; já a coroa desejava a injeção de novas riquezas e, para isso, precisava do colono para aprofundar a exploração de suas terras na América, daí incentivar tais incursões com a promessa de honras, mercês e títulos. No jogo de interesses, a relação era simbiótica, ou seja, era uma empresa em conjunto. Enfim, tanto o grupo bandeirante local quanto a monarquia lusitana desejavam a mesma coisa: a manutenção do poder. |