Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Camacho, Eduardo Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-26052011-115512/
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Resumo: |
Introdução: a derivação ventricular externa (DVE) envolve um cateter colocado no espaço ventricular cerebral para drenar o liquor (LCR) excessivo. As complicações mais comuns dessa prática incluem hemorragia em sítio de inserção, obstrução do cateter, desconexão do sistema e infecção com indicadores que variam de 1% a mais de 27%. Objetivo: analisar os indicadores de infecção relacionada à DVE e avaliar o impacto da intervenção na rotina de cuidados com cateter de DVE. Casuística e Método: estudo quase-experimental realizado na UTI Neurológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foram avaliados os dados de infecção em pacientes submetidos à DVE em duas etapas: pré-intervenção que ocorreu de abril de 2007 a julho de 2008 e intervenção que ocorreu de agosto de 2008 a julho de 2010. Na primeira etapa, foram realizadas observações do cuidado com DVE e aplicado questionário para avaliar o conhecimento dos profissionais. Na segunda etapa, foram realizados treinamentos da rotina de cuidados, higiene das mãos e biossegurança com intervalos de cinco, seis e sete meses e após um ano de intervenção foi realizado uma observação da higiene das mãos. Foram excluídos todos os pacientes que apresentaram traumatismo cranioencefálico com fratura exposta, presença de fístula liquórica, hidrocefalia congênita e presença de infecção ativa no sistema nervoso central. Os pacientes foram acompanhados por 30 dias após a retirada da DVE e considerou-se infecção relacionada à DVE os agentes microbiologicamente identificados em LCR de acordo com o critério do CDC. Foram realizadas cinco observações do cuidado com DVE, uma observação da higiene das mãos, uma elaboração da rotina de cuidados, três treinamentos com aulas expositivas e uma intervenção na redução do tempo de permanência do cateter de DVE, totalizando cinco intervenções. Resultados: Durante o estudo, 178 pacientes foram submetidos a 194 procedimentos correspondendo a 1217 cateteres-dia. A média de idade dos pacientes foi de 48 anos, sendo 62,4% do gênero feminino. A mortalidade global entre os pacientes foi de 34,8%. Antibioticoprofilaxia foi administrada em 80,4% dos procedimentos. Os agentes Gram-negativos foram identificados em 71,4% no período pré-intervenção e de 60% no período de intervenção. Os agentes Gram-positivos foram identificados em 14,3% no período pré-intervenção, de 20% no período de intervenção e infecção polimicrobiana foi identificada em 14,3% no período pré-intervenção e de 20% no período de intervenção. Os indicadores de infecção relacionada à DVE durante o estudo foram reduzidos de 9,5% para 4,8% por paciente (redução de 50,5%), de 8,8% para 4,4% por procedimento (redução de 50%) e a densidade de incidência de 14,0 para 6,9 infecções por 1.000 cateteresdia (redução de 49,2%) (p=0,027). Após a quarta intervenção, não foi identificada nenhuma infecção microbiologicamente confirmada durante doze meses consecutivos. Conclusão: Observou-se redução sustentada dos indicadores de infecção relacionada à DVE e diante desses resultados, a intervenção educacional continuada mostrou ser uma ferramenta útil na redução desses indicadores. |