Modernidade e sofrimento: intersecções entre Dostoiévski e Lima Barreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Flavia Cristina Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8155/tde-27012023-195539/
Resumo: No final da década de 1880, as obras dos escritores russos começaram a ser discutidas pelos intelectuais brasileiros. Esse movimento fazia parte de uma onda internacional propagada pela França a partir do ensaio O romance russo (1886), de Eugène-Melchior de Vogüé. Nesse ensaio, Vogüé dedica um capítulo à obra de Dostoiévski e o intitula \"religião do sofrimento\". O autor russo passa a ser conhecido no Ocidente como especialista nessa \"religião\". Lima Barreto (1881-1922) também foi inspirado por essa leitura e, em diversas ocasiões, citou os romances de Dostoiévski (1821-1881) que também são os escolhidos por Vogüé: Crime e castigo (1866) e Escritos da casa morta (1862). O escritor brasileiro destaca em suas menções à obra de Dostoiévski principalmente as imagens de sofrimento dos desvalidos e o efeito moralizante. Tendo em vista tal contexto, essa tese pretende analisar comparativamente os efeitos dos processos modernizantes nos personagens de Crime e castigo e Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909) e a presença da Europa Ocidental nas experiências de modernidade russa e brasileira.