O efeito do inibidor de proteinase de origem vegetal CrataBL, sobre a inflamação pulmonar alérgica crônica em camundongos Balb/c

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Botolozzo, Anelize Sartori Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-23092015-143512/
Resumo: INTRODUÇÃO: Os corticosteróides são considerados padrão-ouro no tratamento da asma, porém, existem asmáticos graves que não obtém controle dos sintomas, o que suscita a busca por novas terapias. Os inibidores de proteinases têm sido estudados no controle de diversos processos inflamatórios, dentre estes, encontra-se Crataeva tapia Bark Lectin (CrataBL). OBJETIVO: Avaliar se a proteina bifuncional de planta, CrataBL, que tem função lectínica e se liga a carboidratos, modula a hiperresponsividade brônquica à metacolina, inflamação, remodelamento e estresse oxidativo nas vias aéreas e nos septos alveolares de camundongos com inflamação pulmonar alérgica crônica. MÉTODOS: Trinta e dois camundongos machos Balb-c SPF (6-7 semanas, 25-30 g) foram divididos em 4 grupos: C (controle), OVA (sensibilizados - 50 ug de ovalbumina intraperitoneal (i.p) nos dias 0 e 14 e desafiados - 1% de ovalbumina nos dias 22, 24, 26, 28); C+CR (controle tratados com CrataBL - 2 mg/kg/i.p dos dias 22 a 28); OVA+CR (sensibilizados e desafiados com ovalbumina e tratados com CrataBL - 2 mg /kg/i.p dos dias 22 a 28). No dia 29, realizamos: (i) hiperresponsividade à metacolina - resposta máxima de resistência (Rrs) e elastância (Ers) do sistema respiratório; (ii) quantificação do número total de células, macrófagos, linfócitos e células polimorfonucleares no fluido do lavado broncoalveolar (FLBA); (iii) análise histopatológica do pulmão por morfometria para quantificação de eosinófilos, fração de volume de fibras colágenas e elásticas; (iiii) imunohistoquímica para quantificação de células positivas para IL-4, IL-5, IL-13, IFN-y, MMP-9, TIMP-1, TGF-beta, iNOS, NF-kB e fração de volume de 8-iso-PGF2alfa nas vias aéreas e nos septos alveolares e ELISA para quantificação da concentração de IL-4, IL-5 e IFN-y. A significância foi considerada quando p < 0,05. RESULTADOS: Houve atenuação da resposta máxima de Rrs e Ers no grupo OVA+CR comparado ao grupo OVA (p < 0,05). O tratamento com CrataBL nos animais sensibilizados atenuou o número de células totais, macrófagos, linfócitos e células polimorfonucleares no FLBA, o número de eosinófilos, células positivas para IL-4, IL-5, IL-13, IFN-y, iNOS, MMP-9, TIMP-1, TGF-beta, NF-kB e fração de volume de 8-iso-PGF2alfa, fibras colágenas e elásticas tanto nas vias aéreas quanto nos septos alveolares quando comparados ao grupo OVA. O tratamento com CrataBL atenuou os níveis de concentração de IL-4, IL-5 e IFN-y em comparação ao grupo OVA (p < 0,05), a partir do método ELISA. CONCLUSÕES: CrataBL atenuou a hiperresponsividade brônquica, a inflamação, o remodelamento e o estresse oxidativo nesse modelo experimental de inflamação pulmonar alérgica crônica. Contudo, mais estudos são necessários para verificar se este inibidor pode ser uma potencial ferramenta terapêutica para a asma