Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Tozze Junior, Hugo Jose |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20032008-151208/
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Resumo: |
A antracnose é uma das doenças mais importantes do pimentão em vários países. Por muitos anos, somente C. gloeosporioides foi relatado como agente causal da antracnose desta cultura no Brasil. Entretanto, recentemente C. acutatum e C. capsici também tem sido associados a esta doença em algumas regiões do país. Neste trabalho, 56 isolados de Colletotrichum obtidos de pimentão e procedentes de diferentes regiões produtoras do país foram caracterizados e identificados por meio de algumas características morfológicas e culturais, e pela análise por PCR utilizando oligonucleotídeos espécie-específicos. Isolados representativos de cada espécie identificada na população amostrada também foram caracterizados quanto à patogenicidade em frutos de pimentão verdes e maduros, feridos e não feridos e quanto a sensibilidade aos fungicidas azoxistrobina, carbendazim, tiabendazol, tebuconazol, captana, clorotalonil e cloreto de benzalcônio. Os resultados demonstram que C. acutatum é a espécie predominante nas principais regiões produtoras de pimentão do país, representando cerca de 72% da população amostrada. C. capsici foi encontrada com freqüência aproximada de 14%, nos estados de São Paulo e Minas Gerais. C. gloeosporioides representou apenas 5% da população amostrada e teve distribuição restrita ao estado de São Paulo e ao Distrito Federal. Um único isolado de C. coccodes foi encontrado no Rio Grande do Sul. Além dessas espécies, isolados identificados como C. boninense foram encontrados em São Paulo e no Rio Grande do Sul, com freqüência de 7% na população amostrada. Este parece ser o primeiro relato de C. boninense infectando pimentão no Brasil e em outras partes do mundo. A caracterização patogênica mostrou que isolados representativos de todas as espécies foram patogênicos aos frutos maduros feridos e não feridos. Nos frutos verdes feridos, apenas os isolados de C. acutatum e de C. capsici promoveram sintomas. Não foram observados sintomas nos frutos verdes sem ferimentos durante o período de avaliação do experimento (12 dias) para nenhum dos isolados. C. acutatum demonstrou ser a espécie mais agressiva, apresentando os menores períodos de latência e a maior esporulação tanto em frutos verdes (feridos) como nos maduros (feridos e não feridos). Os isolados pertencentes a diferentes espécies de Colletotrichum apresentaram sensibilidade diferenciada para todos os fungicidas sistêmicos avaliados. Os isolados de C. acutatum foram mais sensíveis a azoxistrobina, enquanto os isolados de C. gloeosporioides demonstraram a menor sensibilidade para este fungicida. Os isolados de C. gloeosporioides e C. boninense foram os mais sensíveis aos benzimidazóis (carbendazim e tiabendazol), enquanto o isolado de C. coccodes teve a menor sensibilidade para estes fungicidas. O fungicida tebuconazol promoveu o maior controle sobre o crescimento micelial dos isolados. Para este fungicida, C. capsici demonstrou ser a espécie menos sensível. Os resultados deste trabalho demonstram a presença de pelo menos cinco espécies de Colletotrichum responsáveis pela antracnose do pimentão no país e evidenciam a presença de importantes diferenças entre essas, que devem ser consideradas durante o manejo da doença. |