Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Coutinho, Meline de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-19022024-153137/
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Resumo: |
O uso de células-tronco em medicina humana e veterinária vem despertando grande interesse, devido ao elevado potencial apresentado por elas quanto à regeneração tecidual, reparo a órgãos lesionados, bem como no auxílio de tratamentos de patologias crónicas e degenerativas, como consequência destes parâmetros, estudos vem fomentando a aplicação terapeutica dentro da engenharia tecidual. Constituindo a classe de Células-Tronco (CT) encontram-se as células-tronco mesenquimais (CTMs), destacando-se quanto à variedade de fontes de obtenção e viabilidade em cultivo in vitro. As CTM apresentam relevância, na imunomodulação, na regeneração tecidual, e no tratamento de patologias com prognóstico atualmente desfavoráveis. Dentre as fontes de CTM, o tecido adiposo, âmnio e epitélio olfatório, vêm sendo amplamente estudadas. Visando as qualidades apresentadas pelas CTM, bem como potencial terapêutico demonstrado, estudos vem sendo embasados, em necessitades de expansão e armazenamento por perídos prolongados. Os criobancos surgem como uma alternativa para a manutenção da diversidade biológica, por meio da redução do metabolismo celular atraves da criopreservação, a qual permite o uso futuro em terapias, e análises subsequentes. Haja vista a necessidade de recuperação otimizada destas células pós descongelamento, objetivamos avaliar estas três fontes promissoras de CTMs, pós caracterização, em duas fases, estabelecendo assim um estudo comparativo. Na 1a fase, sendo ela o cultivo celular, foi realizado a caracterização das células, enquanto na 2a fase foram avaliadas a viabilidade celular e proliferação in vitro, quando utilizado o protocolo padrão de criopreservação, suplementado com soro fetal bovino e Dimetil-Sulfóxido (DMSO). As células foram criopreservadas e armazenadas pelo período de trinta dias em nitogênio líquido. A proliferação e a viabilidade celular foram analisadas através de curva de crescimento pós descongelamento em 24, 48 e 72 horas, e pelo teste de exclusão, por azul de Tripan e teste de Thiazolyl Blue Tetrazolium Bromide (MTT) nos mesmos intervalos. Inicialmente o cultivo das CTM de âmnio, tecido adiposo e epitélio olfatório, de fetos caninos em terço final de gestação (> 42 dias), foi estabelecido, onde as culturas apresentaram morfologia fibroblastóide e aderência ao plástico, heterogenicidade e proliferação, esta demonstrada pela curva de crescimento que se mostrou ascendente nas CTMs oriundas dos três tecidos, tendo as do âmnio atingido o pico na passagem de número 8 ( P8), com proliferação até P13, as do epitélio olfatório apresentado proliferação até P10 com pico em P6 e as provenientes de tecido adiposo com pico em P8 e proliferação até P13. As CTMs dos três tecidos apresentaram potencial á diferenciação multilinhagens, sendo elas a adipogênica, osteogênica e condrogênica, quanto a imunufenotipagem por citometria de fluxo, os três tecidos analisados apresentaram marcação negativa para os marcadores hematopoiéticos CD 34 e CD 45, sendo < que 1% e marcação para o CD 90 e o CD 44, sendo as CTMs do âmnio de 14% e <1%, as do epitélio olfatório com 86,5% e 10% e as do tecido adiposo com 87,8% e 90,8% respectivamente. Na 2a fase as células demostraram pós descongelamento uma viabilidade superior a 70%, tanto nas provenientes do âmnio com 76,07%, o epitélio olfatório com 72,67% e o tecido adiposo com 93,78%. As curvas de crescimento, na análise de proliferação, se mostraram ascendentes nas células dos três tecidos, somente nas células do epitélio olfatório o grupo 1, das células criopreservadas recuperadas (Ccr) obteve maior proliferação quando comparado ao grupo controle, células não criopreservadas (Cnc). Quando analisada a atividade mitocondrial entre o grupo 1 e o grupo controle, houve diferença signicativa (P<0,05), com exceção das células do tecido adiposo no período de 48 e 72 horas que não apresentaram diferenças significativas (P>0,05). Quando comparada a viabilidade pela análise de atividade mitocondrial do grupo1 em relação ao controle, as células provenientes do âmnio se mostraram com porcentagem inferior aos demais tecidos, sendo o epitélio olfatório sem diferenças significativas, porém com aumento da viabilidade no períodos de 48 horas e as células do tecido adiposo as que apresentaram viabilidade superior ao grupo controle bem como ascendência na porcentagem ao longo dos períodos avaliados. |