Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Campoli, Jessica Suarez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-10102023-091635/
|
Resumo: |
Os desequilíbrios ambientais decorrentes do atual modelo socioeconômico, que promove a exploração e degradação de recursos naturais, abre portas para novos paradigmas condizentes com o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, surgiu o conceito de Economia Circular (EC), que consiste em um ciclo contínuo de desenvolvimento positivo que preserva e valoriza o capital natural. Além disso, as práticas da EC em seu nível macro - podem impactar diretamente o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Milênio (ODS). Diante desse cenário, o objetivo geral deste trabalho consiste em mensurar a eficiência e produtividade dos países do G20 - Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, Rússia, Estados Unidos, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido - em práticas da Economia Circular para o progresso na realização de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Milênio (ODS). Baseado em Schroeder et al. (2019), foram elaborados quatro modelos de eficiência e produtividade, em que variáveis relacionadas à EC são identificadas como fator causal de variáveis representativas dos ODS selecionados. Aplicou-se a Análise Envoltória de Dados (DEA) modelo Slack-Based Measure (SBM) para mensurar a eficiência e o Malmquist Productivity Index (MPI) para determinar a produtividade. Os resultados sugerem que os países do G20, quando considerados conjuntamente, apresentaram perda de eficiência e de produtividade. Uma possível explicação para tal observação é que os recursos naturais têm sido consumidos em maior intensidade enquanto as melhorias tecnológicas necessárias para aumento da produtividade ainda não demonstraram ser suficientes para compensar a pressão de demanda. Para o modelo referente ao 6° ODS (Água Potável e Saneamento), os países eficientes, no período de 2010 a 2019, foram Alemanha, Austrália, Reino Unido, África do Sul, Arábia Saudita, Brasil e Índia. Aqueles com os maiores escores de produtividade foram Alemanha, Canadá, França e Reino. A queda da eficiência e produtividade observada para todos os países pode ser devido à demanda por água potável e saneamento em maior escala que a proporcionada pela adoção de novas tecnologias. Referente ao modelo do 7° ODS (Energia Limpa e Acessível), os países eficientes no período de 2010 a 2019 foram: Coreia do Sul, África do Sul, Argentina, Brasil e Índia. Aqueles com os maiores escores de produtividade foram África do Sul, Índia e Indonésia. As perdas da eficiência e produtividade podem ser explicadas pela pressão por energia e eletricidade em um ritmo mais acelerado do que o desenvolvimento de tecnologias de energia renovável ou para outras formas de energia limpa acessível. Em relação ao 12° ODS Estados Unidos. Nesse modelo, os países mostraram uma redução na eficiência, porém ganhos de produtividade relacionados com o desenvolvimento de tecnologias. Por fim, para o 15° ODS (Vida Terrestre), os países eficientes no período de 2016 a 2019, foram: Alemanha, Coreia do Sul, França, Itália, Reino Unido, África do Sul, Argentina, Brasil, Indonésia e Turquia. Aqueles com os maiores escores de produtividade foram Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido, Argentina e China. O decréscimo da eficiência e produtividade indica que os recursos relacionados com a Vida Terrestre podem estar sendo consumidos de uma maneira mais acentuada que a capacidade e implementação de tecnologias para mantê-los. Os países considerados eficientes podem servir de benchmarkings para os demais em identificar práticas da EC que podem contribuir para a realização dos ODS, além de subsidiar políticas governamentais e estratégias da agenda ambiental a nível mundial. |