Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Cassia Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-14062023-115206/
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Resumo: |
Espiroquetas pertencentes ao gênero Leptospira são bactérias causadoras da leptospirose. Altamente móveis, leptospiras patogênicas penetram no hospedeiro por abrasões na pele ou mucosas e rapidamente atingem os órgãos-alvo. O rim é sempre considerado como um sítio imunoprivilegiado na leptospirose, dada a persistência destas espiroquetas neste órgão. As células renais HK-2 produzem importantes proteínas do complemento como C3, Fator B e Fator H, além de moléculas pertencentes às outras vias deste sistema como C1q, C2 e C4. Sendo assim, neste estudo avaliamos se L. interrogans sorovar Manilae (L495), uma espécie patogênica, virulenta, regularmente mantida em laboratório como modelo de estudo, seria capaz de subverter a ação da via alternativa do sistema complemento, inativando moléculas da cascata produzidas localmente por estas células renais. Para tal, células HK-2 foram cultivadas e submetidas à infecção com L. interrogans. Os resultados indicam que células HK-2 apresentam maior síntese de C3, Fator B e Fator H em decorrência da infecção. O componente C5 não foi detectado no sobrenadante das células (infectadas ou não). Leptospiras fazem aquisição de Fator H localmente e este permanece funcional, atuando como cofator de Fator I na inativação de C3b e aumentando a sobrevivência dessas bactérias em soro depletado de Fator H. Nas células infectadas houve degradação de C3: C3b deposita-se nas bactérias, podendo eventualmente agir como opsonina, e C3a acumula-se no sobrenadante ao longo do período de incubação. Curiosamente, os níveis de C3a são inferiores aos basais nas primeiras 24 h de infecção, nos levando a especular que esse fragmento de C3 possa, eventualmente, se ligar a seu receptor nas células HK-2. Essa hipótese, bem como as consequências desta eventual interação, será melhor investigada. Em suma, leptospiras se ligam ao Fator H produzido pelas células renais HK-2 e este regulador negativo permanece ativo. O sistema complemento é localmente ativado na presença das bactérias e seus produtos de ativação talvez possam desencadear uma resposta inflamatória local relacionada à nefrite intersticial aguda observada na leptospirose. |