Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Abuchaim, Elaise Regina Cagnin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24032022-102034/
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Resumo: |
Revisão sistemática com metanálise que buscou evidências científicas sobre o efeito do cloridrato de metoclopramida na evolução do trabalho de parto, a partir de ensaio clínico controlado randomizado e recomendações da Cochrane Collaboration. A busca atemporal e sem restrições de idioma, estruturada na estratégia PICOS-T, foi realizada em bases de dados Scopus, PubMed, EMBASE, Cochrane, CINAHL e Scielo, literatura cinzenta e referências cruzadas, com estratégias e descritores específicos. As ferramentas Rayyan e EndNote Basic foram adotadas para gerenciar as referências. O estudo foi conduzido por dois avaliadores independentes e a concordância entre eles foi medida pelo Índice Kappa. Foram identificados 2.884 artigos, mas apenas 04 eram elegíveis e a qualidade metodológica destes (risco de viés e sigilo de alocação) foi avaliada com base no Cochrane Collaboration Risk of Bias Tool. O Grades of Recommendation, Assessment, Development and Evaluation foi utilizado para avaliar qualidade das evidências e força das recomendações. O relato desta pesquisa foi baseado no Preferred Report Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes. Não houve conflitos de interesse e qualquer tipo de financiamento. Os estudos incluídos datam de 1982 a 1992, tem 734 parturientes, \"Baixo Risco de Viés\" (50%) ou \"Risco de Viés Incerto\" (50%) e \"Sigilo de Alocação Adequado\" (75%). Para Ahmed et al. (1982) a metoclopramida não é eficaz para iniciar a dilatação do colo uterino no trabalho de parto espontâneo. Para Vella et al. (1985) a metoclopramida não interfere no tempo de trabalho de parto. Para Rosemblatt et al. (1991) a metoclopramida pode atuar para coordenar as contrações do útero e melhorar a força expulsiva, reduzir o tempo e facilitar a passagem do feto. Para Rossemblatt et al. (1992) doses repetidas de metoclopramida provocam redução gradativa na duração de trabalho de parto, parto e dequitação. A metanálise com 02 estudos (92 parturientes) encontrou Mean Difference= 0.8116 e RR= 0.811 (IC 95%). O tempo médio de dilatação (horas) após uso de metoclopramida versus placebo foi 4.43 versus 2.21 para Ahmed et al., com RR= -2.22. Para Rosemlatt et al., este tempo foi 4.56 versus 8.74, com RR= 4.18. O p-valor= 0.7995 revelou que não tem diferença rejeitar ou não a hipótese nula referente ao desfecho clínico pesquisado (dilatação do colo uterino). O I2= 91,56% revelou alta heterogeneidade entre os estudos e limitada aplicabilidade de seus resultados. O Teste Q de Cochran= 11.84 mostrou que há diferença de efetividade entre os resultados, rejeitando a hipótese nula citada. O \"Forest Plot\" mostrou que as intensidades dos resultados individuais de cada estudo diferem entre si, o que significa ausência de efeito em relação ao desfecho clínico. Este estudo apresenta nível de evidência moderado e forte recomendação dos resultados. Não há comprovação científica de que a metoclopramida favorece a dilatação do colo uterino no trabalho de parto, portanto seu uso não é recomendado. As limitações deste estudo envolveram escassos estudos elegíveis e importantes diferenças nos resultados e medições dos estudos da amostra. Novas pesquisas experimentais devem ser realizadas. As evidências deste estudo são importantes para subsidiar a prática baseada em evidência na atenção ao parto e nascimento e melhorar os desfechos materno e neonatal. |