Avaliação da frequência de doença osteometabólica entre portadores de pancreatite crônica alcoólica e sua correlação com os hábitos alimentares e a composição corporal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Maria Beatriz Sobral de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-24022016-090200/
Resumo: O tecido ósseo é extremamente complexo que, juntamente com a cartilagem, constitui o sistema esquelético. Tanto os ossos quanto a cartilagem são compostos por tecido metabolicamente ativo com duas funções básicas para o organismo, uma mecânica e outra bioquímica. O impacto do déficit calórico e da perda de peso pode reduzir a massa óssea e mudar a composição corpórea. Na pancreatite crônica alcoólica o paciente relata ingestão alcoólica por longo período, além da referência do alto consumo de cigarros e de uma alimentação deficiente. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a frequência da doença osteometabólica, os hábitos alimentares, a frequência de deficiência de vitamina D assim como, se os achados de massa corpórea por densitometria de corpo total se relacionam à deficiência de massa óssea, em indivíduos portadores de pancreatite crônica de etiologia alcoólica. Foram avaliados três grupos de pacientes do sexo masculino com pancreatite crônica alcoólica. Foram divididos de acordo com o resultado da densitometria óssea: 5 pacientes no grupo da osteoporose, 26 no grupo da osteopenia e 8 no grupo normal. Todos os pacientes foram submetidos ao registro alimentar de três dias, mensuração de peso, altura, cintura e quadril, Índice de Massa Corpórea (IMC) e exames laboratoriais. A composição corpórea foi avaliada pela densitometria óssea por raios X de dupla energia (DXA) e por bioimpedância elétrica. 79% dos pacientes do sexo masculino com pancreatite crônica alcoólica tiveram densidade mineral óssea comprometida. Os pacientes que tinham vitamina D prescrita foram excluídos porém nos nossos resultados a maioria dos pacientes apresentavam níveis normais da vitamina. Em relação ao tabagismos, dos pacientes fumavam. Os pacientes com maior comprometimento ósseo eram mais magros,contudo, não houve diferença entre os pacientes de acordo com o IMC. Os pacientes classificados pelo DXA como normais eram mais jovens do que os pacientes com osteopenia e osteoporose. Em síntese, a osteoporose e osteopenia são fontes subvalorizadas de morbidade em pacientes com pancreatites crônicas sendo necessárias diretrizes de gestão de saúde óssea neste grupo de pacientes