Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Waldir Joel de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-165330/
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Resumo: |
Este estudo propõe o planejamento de uma trilha de longa distância através do "trecho mais contínuo e expressivo" (IBGE, 1977) da serra da Mantiqueira. Seu traçado foi definido tendo como referência as maiores elevações, desta que é considerada a Cordilheira da Saúde, e é uma associação entre trechos de estradas de terra, trilhas propriamente ditas, e até pequenos trechos de asfalto, quando se faz necessário cruzar quatro rodovias federais pavimentadas. Com extensão de aproximadamente 300 km, calculada através de um sistema CAD (Computer Aided Design) AUTOCAD R12, a trilha tem seu início no morro ou pedra do Lopo (Estado de São Paulo - Brasil), marco histórico e referencial nas contendas pela definição de limites entre as então províncias de São Paulo e Minas Gerais; segue pela cumeada da grande serra, se alternando entre terras desses dois estados brasileiros e termina no interior do Parque Nacional de Itatiaia, em terras do Estado do Rio de Janeiro. Evitou-se considerar e propor a abertura de novos caminhos pelo perigo que isto poderia representar para os recursos naturais e culturais da região abrangida pela trilha da Mantiqueira, uma vez que não há, ainda, uma cultura conservacionista desenvolvida entre usuários de trilhas, no Brasil, haja visto o estado de deterioração da maioria de suas trilhas de longa distância. O traçado pode ser visualizado em 14 croquis, em escalas variáveis, que indicam, também, pontos de água, local para acampamento, mirantes naturais, cachoeiras e outros atrativos. Propõe-se que a trilha seja implantada com a participação de força voluntária, arregimentada, em princípio, a partir das organizações ambientalistas e clubes excursionistas localizados nos municípios envolvidos e nas capitais dos três estados atravessados pela trilha. Para tanto, torna-se necessário que os voluntários sejam apoiados e coordenados por instituições estaduais (paulistas, mineiras e fluminenses) e nacionais, que detenham conhecimentos em questões de conservação da natureza, que incluam o ecoturismo, a educação ambiental e manejo de trilhas. Importante, também, será a capacitação dos voluntários através de cursos que os habilitem para as tarefas necessárias à implantação, manutenção e operacionalização da trilha. Nesse sentido o presente estudo formata um curso básico que poderá ser aplicado não só a voluntários como também a técnicos das instituições selecionadas. O trabalho sugere a elaboração de um regulamento para utilização da trilha e um plano de divulgação envolvendo entre outras atividades a confecção e distribuição de mapas, folhetos, etc. Apresenta também listagem de instituições ambientalistas, clubes excursionistas, hotéis, pousadas e camping, e horários de ônibus para as cidades envolvidas. Oferece, também, orientação para eventuais intervenções como: abertura e/ou fechamento de trechos da trilha, clareamento da trilha, orientação da drenagem, contenção de encostas, construção de degraus, construção de estradas, tablados, construção de diversos tipos de pontes e pinguelas, implantação de áreas de acampamento e sinalização. Concluindo, apesar de falta de certo conforto e segurança - que se pretende aportar com a implantação desse trabalho - hoje é possível caminhar da pedra do Lopo até o museu do Parque Nacional de Itatiaia, como possível será, ainda, ampliar e ramificar a trilha da Mantiqueira. |