Câncer da boca: incidência e mortalidade em residentes no município de São Paulo, período 1969-1971

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Samara, Munira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-12052020-140820/
Resumo: Foi feito um estudo epidemiológico, do tipo descritivo, com objetivo de conhecer a incidência e a mortalidade de câncer da boca em residentes no município de São Paulo, no período 1969-1971. Para tanto, foram utilizadas informações do Registro de Câncer de São Paulo, mediante seleção dos casos e óbitos, segundo critérios pré-estabelecidos, num total de 1.078 e 314, respectivamente. Os coeficientes de incidência foram 10,17 por 100.000 homens e 2,19 por 100.000 mulheres e os de mortalidade, 3,22 e 0,39, respectivamente. Foram calculados coeficientes específicos de incidência e mortalidade por grupos etários segundo sexo e localização do tumor. Verificou-se que as idades avançadas foram as mais atingidas. Na incidência, os tumores malignos mais frequentes foram do lábio (3,46 por 100.000 homens e 0,81 por 100.000 mulheres) e da língua (3,00 por 100.000 homens e 0,51 por 100.000 mulheres), na mortalidade, os tumores maligno e de língua, (1,33 por 100.000 homens e 0,13 por 100.000 mulheres) e de outras partes da boca e das não especificadas (0,78 por 100.000 homens e 0,11 por 100.000 mulheres). A existência de metástase foi informada em 4,7% dos casos e em 7,6% dos óbitos. A distribuição de incidência e mortalidade observada segundo nacionalidade foi diferente da distribuição por nacionalidade no Censo de 1970. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma espinocelular com 91,2% dos casos e 89,6% dos óbitos. As sublocalizações mais frequentes dentro de cada localização do tumor na boca foram: lábio inferior no sexo masculino (73,3% dos casos e 64,4% dos óbitos) e no sexo feminino (62,5% dos casos), parte nao especificada da lÍngua com proporções maiores de 60,0% dos casos e óbitos, em ambos os sexos; gengiva inferior no sexo masculino (48,9% dos casos e 53,0% dos Óbitos) e a nao especificada no sexo feminino (52,6% dos casos e 50,0% dos óbitos), mucosa bucal no sexo masculino (48,5% dos casos e 45,6% dos óbitos) e o palato no sexo feminino (55,6% dos casos e 50,0% dos óbitos); e somente o câncer da mandíbula em ambos os sexos. Os limites superiores das taxas de sobrevivência de um ano foram estimados em 76,8% e 91,2% para homens e mulheres, respectivamente.