Identificação de substâncias biologicamente ativas, produzidas por laranjeira Valência (Citrus sinensis), envolvidas na ativação de estruturas de infecção de Colletotrichum acutatum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Vilela, Ariana Elisei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-26112010-095523/
Resumo: A Podridão Floral dos Citros é uma doença que tem limitado a produção citrícola em várias regiões produtoras do mundo. A sintomatologia esta associada principalmente quando coincide alta pluviosidade e intensa florada. O fungo se encontra na forma quiescente em órgãos vegetais e na presença de nutrientes exógenos reinicia o processo de infecção. Os objetivos do trabalho foram: (i) avaliar o efeito das águas de lavagem bruta (ALB) obtidas a partir de flores, botões e folhas de laranjeira Valência, sobre o crescimento micelial, germinação e formação de apressórios por C. acutatum; (ii) avaliar o efeito dos compostos voláteis liberados pelas ALB e as frações produzidas a partir das águas de lavagem de flores e botões sobre a germinação e formação de apressórios; (iii) estabelecer uma metodologia para observação de estruturas de infecção em folhas de citros. Foram realizados dois bioensaios de germinação e formação de apressórios e crescimento micelial para as águas de lavagem bruta. O primeiro representado pelos tratamentos: testemunha (T), água de lavagem das flores (F), botões (B), folhas novas (FN), folhas velhas (FV) e a diluição da água das flores em 1:10, 1:100, 1:1000 e 1:10000 (v/v). O segundo por testemunha (T), água de lavagem das flores (F), botões (B), folhas novas (FN), folhas velhas (FV) e a autoclavagem destes mesmos tratamentos. Os voláteis liberados pelas águas de lavagem de flores e botões primeiramente foram identificados por SPME-CG-MS e logo após as frações foram obtidas de acordo com o tempo de retenção de cada pico encontrado, totalizando 5 frações para cada amostra. Realizou-se um bioensaio de germinação e formação de apressórios com as frações obtidas em contato direto com os esporos. Para a observação de estruturas de infecção, discos foliares de plantas cítricas foram inoculados, submetido a clareamento e posterior coloração para a observação ao microscópio. Os resultados das ALB mostraram que todos os tratamentos estimularam a germinação e formação de apressórios por C. acutatum. Os voláteis não apresentaram efeito indutor sobre os esporos, porém quando fracionados e colocados em contato direto com as estruturas, as frações botão apresentaram uma maior atividade indutora quando comparada a testemunha. Nenhum tratamento alterou o crescimento micelial do fungo. A melhor visualização dos esporos nas folhas ocorreu 48 horas após a inoculação. Com base nesses resultados, pode-se concluir que as águas de lavagem estimulam a germinação e formação de apressórios, e apenas os voláteis presentes nas frações botão estimularam a germinação de C. acutatum.