Acurácia da angiografia por tomografia computadorizada no diagnóstico de morte encefálica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Sergio Paulo Brasil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-05032021-125635/
Resumo: Introdução: Testes auxiliares para o diagnóstico de morte encefálica (ME) são frequentemente necessários. A angiotomografia computadorizada (ATC) é um método para avaliar a presença de parada circulatória intracraniana em pacientes com ME. No entanto, o uso de ATC permanece controverso nesse cenário, devido à falta de estudos controlados. Objetivos: Avaliar a acurácia da ATC para o diagnóstico da ME e definir os critérios tomográficos compatíveis com parada circulatória intracraniana. Métodos: Estudo prospectivo, incluindo pacientes comatosos (Escala de Coma de Glasgow [ECG] <= 5), e submetidos à angiotomografia computadorizada (ATC) e Doppler transcraniano (DTC). Posteriormente à obtenção dos exames, procedeu-se à determinação neurológica da morte encefálica, interrompendo a avaliação neurológica ao primeiro sinal negativo para ME. Os examinadores de cada etapa (ATC, DTC e avaliação clínica) estavam cegados entre si para os resultados das demais avaliações. Resultados: Em um total de 106 pacientes incluídos, 52 não apresentavam critérios clínicos de ME, e nenhum desses pacientes teve parada circulatória encefálica observada por ATC ou DTC. Dos 54 pacientes com ME positiva, 33 preencheram os critérios de ausência bilateral das artérias cerebrais médias distais e veias cerebrais internas (escore de 4 pontos, sensibilidade 61,1%), enquanto 47 preencheram os critérios de ausência exclusiva de drenagem venosa profunda do cérebro (escore venoso, sensibilidade 87%). O DTC apresentou dois falso-negativos (sensibilidade de 96%). O tempo de intervalo entre as avaliações mostrou ser fator influenciador dos resultados, havendo maior acurácia quando os exames complementares foram realizados a menos de 12 horas antes da avaliação clínica. Conclusões: O uso de ATC é confiável para o diagnóstico de ME. O critério de ausência de opacificação da drenagem venosa profunda confirma parada circulatória cerebral