Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Matos, Sérgio Luís Fabris de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-22102015-141645/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi determinar as relações de contato entre o Grupo Passa Dois e a Formação Piramboia no Estado de São Paulo. Este contato foi por muito tempo referido como uma desconformidade, caracterizando um grande hiato no registro sedimentar da Bacia do Paraná. O regolito fóssil, considerado o marco principal deste contato, seria um intervalo de brechas na base da Formação Piramboia. Através do estudo de fácies foi reconhecida a atuação de processos deposicionais regidos por marés no regolito fóssil, intercalando produtos da deposição de sedimentos finos e de exposição e constituindo, da base para o topo, uma sucessão de fácies com passagem transicional entre depósitos de porções cada vez mais altas de planícies de maré. Algumas características deste intervalo, como a constância litológica ao longo da faixa de afloramentos, o contato transicional com as unidades do topo do Grupo Passa Dois (formações Corumbatai, Teresina e Rio do Rasto) e o posicionamento estratigráfico característico, permitiram o estabelecimento de nova unidade litoestratigráfica denominada camada Porangaba, substituindo a denominação regolito fóssil e passando a integrar o topo do Grupo Passa Dois. Sobre esta camada ou sobre a Formação Corumbataí, sempre em contato abrupto, estão os arenitos da Formação Pirambóia, considerados de origem eólica, com fácies de duna e interduna. O comportamento das paleocorrentes foi estudado nesta unidade, propondo-se novos procedimentos para o tratamento de dados. Obteve-se um sentido geral NW \'seta\' SE para os paleoventos que atuaram na deposição da base da unidade. A inexistência de hiatos expressivos, de feições de erosão ou de exposição prolongada foi demonstrada pelas relações de contato entre as unidades presentes, pela persistência das feições paleogeográficas e condições climáticas áridas e ainda pela gênese dos depósitos, a qual mostrou a continuidade da deposição em planícies de maré na Camada Porangaba. Na Formação Teresina foram ainda reconhecidas evidências de atividade hidrotermal em superfície, representada por corpos silicosos do tipo geiseritors na região de Anhembi. |