O desenvolvimento da competência crítica e reflexiva no contexto de um currículo integrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Alves, Elaine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-05062014-115305/
Resumo: INTRODUÇÃO: As Diretrizes Curriculares para os Cursos de Enfermagem afirmam que a estrutura dos cursos deve garantir um ensino crítico, reflexivo e criativo, orientado pelo princípio de ação-reflexão-ação. Acompanhando os movimentos nacionais, o Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizou mudanças curriculares, que culminaram na proposição do Currículo Integrado em 2000. Várias avaliações desse currículo foram realizadas, mas nenhuma sob o enfoque da competência crítica e reflexiva. OBJETIVO: Analisar a formação crítica e reflexiva no contexto de um currículo integrado. PERCURSO METODOLÓGICO: Realizou-se uma pesquisa qualitativa, cujo método de interpretação foi a hermenêutica-dialética. O estudo foi realizado no Centro de Ciências da Saúde da UEL. O foco foi o Curso de Graduação em Enfermagem. Os sujeitos da pesquisa foram os docentes que vivenciam o projeto pedagógico do Currículo Integrado. Nas entrevistas, buscou-se verificar a percepção de docentes sobre o que vem a ser a competência crítica-reflexiva, como desenvolver essa capacidade e o que tem sido realizado no Curso para esse fim. Concomitante às entrevistas foram analisadas as resoluções e deliberações relativas às alterações do projeto pedagógico ocorridas no período de 2000 a 2012 e dois livros publicados sobre o currículo. RESULTADOS: A análise dos documentos revelou que o Currículo Integrado sofreu alterações para possibilitar sua viabilização na prática, tendo em vista condicionantes não sopesadas quando de sua concepção. Ainda assim, os princípios filosóficos e socioculturais conservaram-se inalterados e levam em conta uma reflexividade de cunho sociocrítico e emancipatório. Com base nos referenciais de pensamento crítico e reflexivo de Schön e Freire, identificaram-se duas categorias empíricas oriundas das concepções do pensamento crítico manifestadas pelos professores: uma tradicional-liberal e uma concepção mista, na qual foram identificados elementos relacionados a uma visão sociocritica e emancipatória da competência crítica e reflexiva. As categorias empíricas em relação à prática docente foram: levar estudante a relacionar os conteúdos teóricos à prática; fazer perguntas, aplicar metodologias ativas e usar processos avaliativos. Quanto às fortalezas foram mencionadas: a integração de conteúdos básico-clínico, a manutenção das áreas de conhecimento e as metodologias ativas. As fragilidades foram: o tempo restrito, o contexto do processo de trabalho docente, o despreparo e a falta de intencionalidade do professor e a postura do estudante frente à nova situação de aprendizado. CONCLUSÃO: Conclui-se que o pensamento e a atitude docente em relação a sua própria reflexão-ação e ao que preconiza o Currículo Integrado no que diz respeito ao pensamento crítico e reflexivo precisam ser revisitados a fim de resgatar a proposta pedagógica original. Espera-se que este trabalho possa instrumentalizar as escolas de Enfermagem que tem um Currículo Integrado ou que estão em processo de reformulação curricular.