Desenvolvimento de ensaio imunoenzimático (ELISA) indireto na detecção de anticorpos anti-Corynebacterium pseudotuberculosis em ovinos (Ovis aries, Linnaeus, 1758)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nassar, Alessandra Figueiredo de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-29082012-140320/
Resumo: A linfadenite caseosa é uma doença infectocontagiosas, de ocorrência mundial, que acomete caprinos e ovinos, caracterizada pela formação de abscessos em gânglios linfáticos superficiais, e alguns casos órgãos e linfonodos internos. É uma enfermidade causada pelo Corynebacterium pseudotuberculosis, responsável por grandes perdas econômicas na caprinocultura e ovinocultura. O presente trabalho teve por objetivo desenvolver um teste sorológico sensível e específico para detectar anticorpos anti-C. pseudotuberculosis em ovinos. Os animais foram classificados em dois grupos, com sintomatologia aparente para linfadenite caseosa (n=103) colhidos a campo, onde foram coletados amostras de soro e punção de linfonodos aumentados; e animais sem sintomatologia aparente (n=50) dos quais as amostras de soro e fragmentos de pulmão e linfonodo mediastínico foram colhidos em frigorífico. Em ambas as amostras a confirmação da presença e ausência da doença foi realizada através das provas de cultivo microbiológico e PCR, considerados nesse estudo como padrão para classificação dos animais. O resultado do cultivo microbiológico dos animais com sintomatologia aparente foi 53,5% (55/103) identificadas como C. pseudotuberculosis através de provas bioquímicas, e com a utilização da PCR, 46,5% (48/103) das amostras foram positivas para C. pseudotuberculosis. Com relação aos animais sem sintomatologia aparente, todas as amostras foram negativas no cultivo microbiológico e PCR (0/50). Na padronização do ELISA indireto foram utilizados 42 soros positivos e 43 soros negativos confirmados no cultivo microbiológico e PCR para linfadenite caseosa. A média de absorbância foi 1,88 com desvio padrão de 0,43, para as amostras positivas e, para as amostras negativas a média de 0,71 e desvio padrão 0,18. Dessa forma foram consideradas positivas, as amostras que apresentaram na reação de ELISA valor da DO> 1,1 e negativas de <1,1. A análise gráfica empregada no presente trabalho, curva ROC, permitiu encontrar o valor do ponto de corte associado à combinação dos parâmetros de sensibilidade e especificidade, assim, a acurácia do teste pôde descriminar indivíduos doentes de não doentes. A utilização de técnicas sorológicas no diagnóstico da linfadenite caseosa permitirá o controle epidemiológico da doença, porém não substitui o cultivo microbiológico, técnica considerada padrão ouro, e pode ser utilizada como teste de triagem ou mesmo na comercialização de animais, visto que a doença muitas vezes é de caráter inaparente, o que inviabiliza o diagnóstico clínico e microbiológico.