Efeitos do bloqueador de canais de cálcio amlodipina na reparação óssea em defeito cirúrgico no ramo mandibular de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Moraes, Rogerio Bonfante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23149/tde-24102009-114756/
Resumo: Os anti-hipertensivos bloqueadores de canais de cálcio, por interferirem no transporte de cálcio através das membranas celulares, podem afetar muitos processos metabólicos, incluindo o metabolismo ósseo. O objetivo deste estudo foi avaliar, de forma radiográfica, histológica e bioquímica, os efeitos do bloqueador de canais de cálcio amlodipina no processo de reparo de um defeito ósseo, simulando fratura, no ramo mandibular de ratos. Foram utilizados 50 ratos machos Wistar, que foram submetidos ao mesmo procedimento cirúrgico unilateral simulando fratura mandibular, e distribuídos em dois grupos de 25 animais: grupo experimental, que receberam amlodipina, via oral, na dosagem de 0,04 mg / rato / dia, iniciando 12 dias antes do procedimento e continuando até o sacrifício; grupo controle, que permaneceu não tratado. Os animais foram sacrificados nos períodos de 1, 7, 14, 30 e 90 dias pós-operatórios. Foram realizados testes bioquímicos de fosfatase alcalina e cálcio séricos. Exame radiográfico foi obtido para mensuração da área radiolúcida do defeito ósseo. O estudo histológico compreendeu a análise descritiva do processo de reparo ósseo e a avaliação histomorfométrica da quantidade de osso neoformado. Os valores numéricos foram submetidos a análises estatísticas. A análise radiográfica demonstrou maior área radiolúcida no interior do defeito ósseo para o grupo experimental, nos períodos de 14 (p=0,016), 30 (p=0,009) e 90 (p=0,028) dias. Na análise histológica não se observaram atrasos no processo de reparo ósseo para ambos os grupos. Porém, na análise histomorfométrica, o grupo da amlodipina apresentou redução significante do volume de osso neoformado nos períodos de 7 e 14 dias (p=0,049), não havendo diferenças significativas no período de 30 dias. Houve redução significante nos níveis de fosfatase alcalina para o grupo da amlodipina nos períodos iniciais (p=0,049). Não houve alterações para os níveis de cálcio sérico. Concluiu-se que o uso crônico da amlodipina prejudicou a neoformação óssea no processo de reparo do defeito cirúrgico no ramo mandibular de ratos, porém não impediu a consolidação da fratura.