Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Maciel, Raphael Camerini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-05012024-164401/
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Resumo: |
Introdução: atualmente o câncer de esôfago (CE) é considerado o 7º câncer mais comum e o 6º câncer que mais causa óbito no mundo, com expectativa de aumento até 2040. Globalmente, o Carcinoma de Células Escamosas (CEC) representa 85% dos casos, no entanto, em 21 países desenvolvidos, o Adenocarcinoma (ACE) é o tipo predominante e vem em aumento progressivo nas últimas décadas. Apresenta-se tardiamente, com mais de 50% dos casos diagnosticados em estágios clínico IIIC e IV. Objetivo e Método: realizou-se uma coorte retrospectiva que avaliou as características clínico epidemiológicas de todos os casos de câncer de esôfago atendidos entre 2014 e 2018 no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, além da sobrevida dos pacientes portadores de CEC e ACE. Foi utilizado um modelo de riscos proporcionais de Cox e análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier. Para todas as comparações adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: dos 249 pacientes atendidos, a maioria chegou ao serviço em estágios avançados da doença. Os estágios clínicos (EC) 0, IA e IB, apresentaram respectivamente 4,35 %, 5,31% e 2,9% dos casos. Os ECs IIA e IIB continham 7,25% e 10,63% dos casos, respectivamente. Nos ECs IIIA, IIIB e IIIC, foram identificados 7,73%, 4,35% e 27,05% casos, na mesma ordem. A maioria dos pacientes (30,43%) chega no EC IV. A análise de sobrevida geral resultou em uma média de 17,71 meses (IC95% 15,21 - 20,2). Em cinco anos, a sobrevida geral foi igual a 13% (IC95% 0,08 - 0,17). Pacientes que concluíram tratamento neoadjuvante com quimioterapia e radioterapia tiveram média de sobrevida maior, de 25,02 meses (IC95% 20,38-29,67) e 24,17 meses (IC95% 20,06-28,27), respectivamente, em comparação aos que não concluíram (médias de 15,74 meses [IC95% 9,92-21,56 - logrank 0,03] e 6,57 meses [IC95% 3,52-9,61 - logrank < 0,01]). O mesmo aconteceu com aqueles que passaram por ressecções, com médias de 27,93 meses (IC95% 22,93-32,93) e sobrevida em 5 ano de 0,32 (IC95% 0,19-0,45), em comparação com os que não foram ressecados, com média de 13,93 meses (IC95%11,54-16,32) e sobrevida em 5 anos de 0,08 (IC95% 0,03-0,12 - logrank <0,01). As taxas de complicações cirúrgicas grau III, grau IV e grau V foram de 29,27%, 9,76% e 24,39%, respectivamente. Conclusão: o perfil de paciente atendido permanece semelhante aos de outros países em desenvolvimento, com predominância de Carcinoma de Células Escamosa e não houve redução importante da mortalidade. Além disso, nota-se que a maioria dos pacientes chega ao serviço de referência com doença avançada. |