Descendentes de (I)talianos de Cascavel/PR: língua e cultura encobertas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Honório, Alessandra Regina Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-09032017-104313/
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem interpretativista (cf. Bortoni, 2009; Flick, 2002; Denzin e Lincoln, 2010), cujo objetivo principal é investigar, nas práticas discursivas, o que há da língua e cultura do imigrado italiano no contexto cascavelense, mediante dados levantados por meio de observação simples da citada comunidade e entrevistas semiestruturadas, com pessoas de três gerações: jovens, adultos e idosos. Buscamos responder às seguintes perguntas de pesquisa: a língua e cultura do imigrado italiano existem em Cascavel? De que modo? Por esse âmbito, nosso objetivo maior foi descobrir formas de cultura e língua invisibilizadas e as razões que levaram e levam a tal situação. O aporte teórico se sustentou principalmente nas perspectivas teóricas de autores como Schlieben-Lange (1993), Rajagopalan (2002, 2003 e 2007), Bourdieu (1998), Burke (2003 e 2006), Bosi (1994 e 2003) e Halbawchs (1990) que nos direcionaram para a compreensão da linguagem a partir do contexto social. Assim pudemos compreender que: a) de fato, nem sempre a negação e ou indiferença sobre o conhecimento do talian é verdadeira; b) alguns estudiosos da linguagem, com suas linhas de pesquisas, infelizmente, enfatizam o desprestígio de uma língua minoritária e decretam sua morte; c) a ativação da memória tem o poder de desencadear discursos sobre o passado e trazer à tona língua e cultura étnica, evidenciando a possibilidade de manter viva a língua taliana em Cascavel. Nesse contexto, algumas vertentes teóricas, bem como poder político e história oficial têm trabalhado contra a memória oral, importante na formação ideológica do indivíduo. Tendo em conta esse aspecto, desejamos que a nossa pesquisa possa corroborar outros estudos de desvelamento linguístico cultural, e, ainda, que a memória e a história oficial possam trabalhar juntas na divulgação, valorização e resguardo dessa língua.