Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Soares, Midiany de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-07022024-175745/
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Resumo: |
Introdução: A associação entre deficiência auditiva e aspectos nutricionais ganhou maior atenção nas pesquisas, dado que fatores nutricionais podem causar ou potencializar diversas doenças. Métodos de avaliação desta variável podem ser utilizados, possibilitando a investigação da saúde nutricional e a adoção de comportamentos e alimentação saudáveis. Pesquisas sugerem que um índice de massa corporal (IMC) mais elevado e uma maior circunferência de cintura (CC) estão associados a limiares auditivos mais elevados. Objetivo: verificar a associação entre medidas antropométricas e deficiência auditiva, a partir dos dados da PNS de 2013. Métodos:Estudo transversal e analítico que utilizou dados das entrevistas individuais de 39.561 indivíduos da PNS de 2013. A prevalência de deficiência auditiva autorreferida foi obtida através da pergunta: O Sr (a) tem deficiência auditiva?. O IMC e a CC foram consideradas variáveis de exposição. As covariáveis utilizadas foram: sexo, região do Brasil, nível de escolaridade, faixa etária, cor de pele ou raça, exposição a ruído, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, uso de tabaco, uso de álcool e prática de exercício físico. Na análise multivariada foi adotado o modelo hierarquizado, baseado em um modelo teórico conceitual de fatores associados à perda auditiva com níveis distal, intermediário e próximal. Foram aplicados modelos univariados e multivariados de Regressão Logística para amostras complexas. A medida de efeito utilizada foi a OddsRatio em conjunto com o intervalo de 95% de confiança. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Prevalência de deficiência auditiva foi de 2,9%, maior na faixa etária de 75 anos ou mais (15,3%), no sexo masculino (3,4%), residentes da região Sul do Brasil (3,3%), em indivíduos autodeclarados brancos (3,2%), em quem tem até o ensino fundamental incompleto (7,4%), em indivíduos com sobrepeso (3,2%) e obesos (2,9%) e nos indivíduos com risco muito alto para desenvolver problemas cardiovasculares (3,4%). A deficiência auditiva foi significativamente associada à exposição ao ruído (OR= 1,50 - IC95%: 1,06-2,12), ao sobrepeso (OR= 1,50 - IC95%: 1,10-2,04) e à medida de CC categorizada para risco cardiovascular muito alto (OR= 1,49 - IC95%: 1,14-1,95). Nas análises ajustadas, no modelo 1, a deficiência auditiva se mostrou significativamente associada a indivíduos com sobrepeso (OR=1,57 - IC95%: 1,07- 2,30) e obesos (OR=1,57 - IC95%: 1,01-2,44). No modelo 3, a categoria sobrepeso mostrou-se significativamente associada à deficiência auditiva (OR=2,30 - IC95%: 1,25-4,24). Conclusão: Indivíduos com diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto, e que estão expostos ao ruído apresentaram maior prevalência de deficiência auditiva. A associação entre deficiência auditiva e IMC nas análises multivariadas, foi observada nos indivíduos obesos no modelo 1 e com sobrepeso nos modelos 1 e 3 |