Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Régis Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-08052023-144718/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O tratamento das fraturas e deformidades secundárias à fragilidade óssea nas crianças com osteogênese imperfeita (OI) tem evoluído para cirurgias minimamente invasivas e estabilização com implantes que acompanham o crescimento longitudinal do osso longo. As hastes telescopáveis são consideradas padrão ouro para o tratamento, no entanto as altas taxas de complicações tem sido foco de estudos. O objetivo deste estudo foi investigar fatores associados à falha das hastes Fassier Duval (FD) no fêmur e tíbia. MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos 32 pacientes com OI, idade média de 8,0±3,6 anos e seguimento mínimo de um ano, com 17 meninos (53%) e 15 meninas (47%). Cinco pacientes (16%) foram classificados como Sillence do Tipo I, quatorze (43%) do Tipo III, oito (25%) como do Tipo IV e 5 (16%) desconhecidos. Foram realizadas 84 correções cirúrgicas estabilizadas por hastes telescopáveis de FD, sendo 50 nos fêmures e 34 nas tíbias, e 40 (48%) das correções ocorreram devido a deformidades crônicas e 44 (52%) por fraturas agudas. Foram avaliadas as falhas em relação as variáveis clínicas (sexo, etnia, Tipo de Sillence e idade nos procedimentos), cirúrgicas (imobilização, uso de bisfosfonatos, alteração prévia a cirurgia, síntese prévia, tempo de seguimento e tempo de consolidação). As variáveis radiográficas foram aferidas no pré e pós-operatório imediato, seis meses, um ano e na última avaliação disponível. Foram avaliadas as angulações da diáfise, orientações articulares proximal e distal e posicionamento da haste nas epífises. Os critérios de falhas foram, angulação diafisária >20° em pelo menos um plano ou a necessidade de revisão por fratura, travamento, migração distal e protrusão cortical da haste. A sobrevida cirúrgica foi determinada por meio do método de Kaplan-Meier. RESULTADOS: As falhas ocorreram em 45 segmentos (53%), com migração distal em 26 casos (58%), oito fraturas (18%) e seguida por e sete protrusões corticais (16%). Na tíbia, as hastes falharam mais que no fêmur (73% vs 40%; p< 0,01). Para o fêmur, houve mais falhas nos meninos (p=0,042), e nas tíbias, em pacientes mais novos (p=0,007). Fatores radiográficos pós-operatórios associados à falha no fêmur e tíbia foram o aumento da angulação diáfisária nas radiografias e posicionamento excêntrico da haste na epífise distal (p≤0,01). O ângulo distal tibial anterior (ADTA) apresentou valores maiores no grupo com falha (p=0,01), no final do seguimento. A sobrevida cirúrgica de 4 anos foi de 66% no fêmur e 20% na tíbia. CONCLUSÕES: As taxas de complicações de 53% foram altas, principalmente nas cirurgias das tíbias, houve tendência de sobrevida maior para hastes femorais, e fatores clínicos como sexo masculino e idade mais jovem podem estar associados a maior chance de falha do fêmur e tíbia respectivamente. Contraintuitivamente, o uso de bisfosfonatos e a classificação de Sillence não tiveram influência nas falhas. |