Perfil do estresse oxidativo em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas, em Ribeirão Preto, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Camargo, Marilia Alessi Guena de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-06012016-151931/
Resumo: O estresse oxidativo, induzido por espécies reativas, está diretamente envolvido com a função das células durante o desenvolvimento do diabetes mellitus do tipo 1 (DM1), bem como no desenrolar das complicações relacionadas à hiperglicemia. O transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas é uma estratégia de intervenção imunológica que visa preservar a função do pâncreas endócrino, se realizado durante a fase em que o paciente ainda possui importante reserva de células pancreáticas. Dessa forma, o presente estudo objetiva investigar como o estresse oxidativo se comporta nos momentos pré e pós-transplante. Dezoito pacientes transplantados entre 2004 e 2010 foram avaliados retrospectivamente, a partir de amostras de soro criopreservadas imediatamente antes, e 12 meses após o transplante. Esses pacientes também foram subdivididos em respondedores (livres de insulina exógena aos 12 meses pós-transplante) e não-respondedores (em uso de insulina exógena 12 meses pós-transplante). Dados do estresse oxidativo (malonaldeído e isoprostano) e da capacidade antioxidante (glutationa reduzida, superóxido dismutase e tocoferol) foram comparados nos pacientes diabéticos antes e 12 meses pós-transplante, e também com o grupo controle. Dentro do grupo experimental observamos que, 12 meses depois do transplante, os pacientes apresentaram melhora dos níveis de hemoglobina glicada e das doses de insulina exógena e recuperação do peso corporal. Aos 12 meses pós-transplante, o grupo de pacientes respondedores apresentaram níveis de peptídeo-C significativamente maiores do que o de não-respondedores. Quando comparados ao grupo controle, verificamos maiores níveis de glutationa reduzida e isoprostano nos pacientes diabéticos, em ambos os momentos (pré e pós-transplante). Também observamos que níveis de tocoferol (vitamina E) estão reduzidos, abaixo do valor de referência, quando comparados ao grupo controle. Em conclusão, o presente estudo identificou que pacientes com DM1 já possuem alterações no estresse oxidativo marcada pelo aumento do isoprostano e da atividade antioxidante marcada pelo aumento da glutationa reduzida (GSH) poucas semanas após o diagnóstico e que o procedimento não contribuiu para normalizar seus níveis.