Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Elbl, Paula Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-08092008-101443/
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo mostrar a atividade meristemática da endoderme em raízes de cinco espécies de Commelinaceae (Commelina erecta. Floscopa glabrata, Dichorisandra tyrsiflora, Tradescantia spathacea e T. zebrina). Nas cinco espécies foi observado que na raiz as iniciais endodérmicas sofrem diversas divisões periclinais e dão origem às camadas radiadas de células do córtex. Observou-se ainda, que o cessar dessas divisões nem sempre ocorre simultaneamente em todas as células iniciais, pois, quando ocorre a diferenciação, células que sofreram uma última divisão aparecem ao lado de células que não apresentaram essa divisão. A geração de células pela endoderme pode ser verificada através da observação das células subseqüentes à mesma. Estas células subseqüentes estão dispostas em fileiras radiadas, onde é possível observar que existe uma progressão do tamanho celular do menor (adjacente à endoderme) para o maior (mais distante da endoderme). Estas fileiras de células que são resultantes da endoderme foram denominadas de derivadas da endoderme meristemática (DEM). No caule, a atividade meristemática do periciclo e da endoderme é limitada à região nodal. Nesta região ocorre a formação de novas raízes, gemas caulinares e saídas de traços. Nos entrenós, os feixes vasculares são colaterais e a endoderme se apresenta, em geral, como bainha amilífera, podendo apresentar estrias de Caspary; o periciclo encontra-se parenquimático. Na região do nó, observa-se uma intensa atividade do periciclo (ou da região pericíclica) formando feixes vasculares colaterais envoltos por fibras e o plexo periférico em direção às raízes adventícias. Verificou-se também uma pequena atividade da endoderme, produzindo duas a três camadas do córtex interno. No primeiro e no segundo entrenós, a endoderme apresenta-se suberificada e o periciclo parenquimático. Corroborando com estudos recentes e autores do século XIX, o espessamento primário é devido à atividade centrípeta do periciclo e à atividade centrífuga da endoderme. Existem poucos relatos na literatura sobre a presença de endoderme e periciclo nas plantas vasculares. A maioria dos autores consideram os tecidos que envolvem os feixes vasculares das folhas como a bainha do feixe. O objetivo deste trabalho é mostrar que a bainha do feixe da folha é composta de endoderme e periciclo, bem como a continuidade destes tecidos entre o caule e a folha. Há uma perfeita continuidade entre os tecidos do caule e da folha quando se observa o traço indo em direção a folha. Nota-se também, que a endoderme que no caule envolve o cilindro vascular também envolve os feixes das folhas, constituindo assim, os monostelos. Não foi observada a presença de estria de Caspary na folha, foi observado somente o espessamento irregular da endoderme e do periciclo. Por se tratarem de monostelos, decidiu-se aceitar a denominação de unidades vasculares no lugar de feixes, nas folhas. Há poucos relatos na literatura sobre anatomia de plantas parasitadas por agentes minadores, os quais promovem escavações ou caminhos através do consumo dos tecidos internos das plantas por larvas de diversos insetos. A proposta deste trabalho foi analisar anatomicamente a ocorrência de minas foliares em Commelina diffusa e Floscopa glabrata causadas por espécies de larvas endofitófagas de dípteros, pertencentes a duas famílias: Agromyzidae e Chironomidae. Em Commelina diffusa foram encontradas larvas da família Agromyzidae e em Floscopa glabrata observaram três exuvias cefálicas de Chironomidae. Os dados anatômicos revelaram que os minadores consumiram apenas os tecidos parenquimáticos do mesofilo, formando minas lineares. Além disso, notou-se que a epiderme e os tecidos vasculares de porte médio foram mantidos intactos em ambas as espécies, não apresentando alterações estruturais, como a neoformação de tecidos. |