Comparação entre dois métodos de descontaminação da superfície de implantes na re-osseointegração após a periimplantite induzida por ligadura. Estudo histomorfométrico e microbiológico em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ramos, Umberto Demoner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-09082016-115255/
Resumo: Introdução: A doença periimplantar caracteriza-se pela perda óssea progressiva em implantes dentais osseointegrados. Sua origem é bacteriana, e acomete cerca de 20% da população com reabilitações implantossuportadas. O sucesso do tratamento parece depender da desinfecção da superfície dos implantes para resolução da inflamação, e da configuração dos defeitos ósseos para a regeneração dos tecidos. Até o momento, não há protocolos bem estabelecidos para a desinfecção da superfície de implantes osseointegrados. O objetivo deste estudo foi comparar dois métodos de desinfecção da superfície de implantes, e o efeito do uso da regeneração óssea guiada no tratamento da periimplantite induzida em cães. Materiais e Método: Oito cães beagle receberam 8 implantes cada. Após 8 semanas, ligaduras de seda foram posicionadas, e removidas após mais 8 semanas. O tratamento foi realizado após 10 semanas, por meio de desinfecção com a terapia fotodinâmica antimicrobiana ou aplicação tópica tetraciclina 50mg/ml, com ou sem procedimentos de regeneração óssea guiada associados. Durante o tratamento foram coletadas amostras microbiológicas por meio de um swab com microbrush estéril antes do tratamento, e imediatamente após o tratamento. A eutanásia ocorreu 12 semanas após o tratamento para processamento histológico. Os desfechos de tratamento analisados foram: ganho ósseo linear (mm), ganho ósseo (%), reosseointegração (%), redução bacteriana total e proporcional após o tratamento (%). Resultados: Os resultados gerais não demonstraram diferenças significantes entre os grupos quando comparados os métodos de desinfecção, e o uso ou não de procedimentos regenerativos. O uso da regeneração óssea guiada não resultou em melhoras no ganho ósseo, e sítios vestibulares apresentaram piores resultados regenerativos. A exposição precoce ao meio bucal afetou negativamente os resultados do tratamento, independente do grupo. Conclusão: Ambas terapias antiinfecciosas, associadas ou não a procedimentos regenerativos, obtiveram sucesso na resolução da inflamação e desinfecção da superfície dos implantes, com ganho ósseo parcial, sem o uso de antibioticoterapia sistêmica.