Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mariño, Josiane Montanho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-10122024-152624/
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Resumo: |
Introdução: Globalmente, o câncer do colo do útero é o quarto câncer mais comum em mulheres, tanto na incidência quanto na mortalidade, com a maior carga em países de baixa e média renda. Objetivo: Desenvolver uma intervenção educativa para promover a prevenção do câncer do colo do útero. Método: Trata-se de um estudo metodológico de desenvolvimento de intervenção complexa, realizado em três etapas interligadas, denominadas Estudo 1, Estudo 2 e Estudo 3, segundo o referencial teórico de Sidani e Braden. O estudo 1 e o estudo 2 foram realizados para a compreensão do problema e incluíram respectivamente a abordagem empírica (revisão de escopo) e a abordagem experiencial (estudo qualitativo). O estudo 3 (estudo metodológico) consistiu na elaboração da intervenção e desenvolvimento da Teoria da Intervenção. A revisão de escopo foi conduzida conforme a metodologia do Instituto Joanna Briggs, e buscou identificar, mapear e descrever as características das intervenções educativas para prevenção do câncer de colo do útero. No estudo qualitativo buscou-se compreender as dificuldades e barreiras das mulheres para adoção de comportamentos de prevenção do câncer de colo do útero, por meio da técnica de grupo focal. A população do estudo foi composta por mulheres residentes na cidade de Coari Amazonas, cadastradas na Estratégia de Saúde da Família, no ano de 2022. No estudo metodológico os dados obtidos na abordagem empírica e experiencial foram sintetizados para subsidiar a elaboração da intervenção e desenvolvimento da Teoria da intervenção. Resultados: Os resultados do estudo 01 mostraram que as estratégias educativas mais utilizadas foram as discussões em grupo, palestras e folhetos educativos. A maior parte das atividades educativas ocorreram em sessão única, de 40-60 minutos. O modelo teórico mais utilizado foi o Modelo de Crenças em Saúde. No estudo 02 os resultados mostraram que as principais barreiras à participação no rastreamento do câncer de colo de útero incluíram demora na entrega do exame, falta de fichas, falta de tempo, escassez de profissional de saúde, impedimentos e ameaças do marido, falta de informação sobre o exame, dificuldade financeira, vergonha, constrangimento e medo do exame, fatalismo, papéis de gênero, dor na hora do exame, dificuldades geográficas e morar na área ribeirinha. No estudo 3 desenvolveu-se a Teoria da intervenção educativa, baseada no Modelo de Crenças em Saúde, proposta em três sessões de 60 minutos, com dois componentes: educativo e comportamental. O componente educativo inclui informações sobre o câncer do colo do útero, teste Papanicolaou, direitos da mulher e motivação em saúde. O componente comportamental consiste no ensino de uma técnica de relaxamento que poderá ser utilizada antes da realização do exame e em outras situações do dia a dia. A intervenção deve ser aplicada por enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Conclusão: Intervenções educativas culturalmente sensíveis e baseadas em teoria podem ser utilizadas para aprimorar as estratégias de prevenção do câncer do colo do útero, principalmente para populações vulneráveis, que não estão em conformidade com as recomendações de rastreamento. Recomenda-se o desenvolvimento de estudo piloto para testar a aceitabilidade e viabilidade da intervenção proposta. |