Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Mariana Sequetin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-16102018-113026/
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Resumo: |
Os flavivírus são considerados uma séria ameaça à saúde pública em diversas partes do mundo, pois muitos são agentes altamente patogênicos a seres humanos e animais, tais como os vírus da febre amarela, vírus do Oeste do Nilo, vírus da encefalite japonesa e vírus da dengue, capazes de causar encefalites ou febres hemorrágicas em seus hospedeiros. Muitos deles têm avançado a diferentes regiões geográficas onde sua circulação não havia sido detectada previamente, causando novos surtos. O diagnóstico clínico destas infecções é, muitas vezes, difícil, devido ao grande número de sintomas apresentados, que podem se confundir com outras enfermidades de diferentes causas etiológicas. Os principais métodos diretos utilizados atualmente no Brasil para detecção destes vírus são a inoculação intracerebral em camundongos neonatos, inoculação em culturas de células e RTPCR específica. O presente trabalho tem como objetivos avaliar a sensibilidade e validar a detecção dos vírus pertencentes ao gênero Flavivirus circulantes no Brasil por meio de uma reação single de RT-PCR em tempo real e implementá-la, tanto na rotina diagnóstica de casos com suspeita de arbovirose como na pesquisa de amostras de campo para monitoramento viral. Amostras dos flavivírus padrões da Febre Amarela, Bussuquara, Iguape, Ilheus, Encefalite de Saint Louis, Cacipacore e Zika foram quantificados por titulação em unidades formadoras de placa (UFP) ou TCID50 para se avaliar os limites de detecção para cada um deles por RT-qPCR que detecta o gênero Flavivirus. Os limites encontrados variaram de 0,01 UFP, para o vírus Ilheus, a 1 UFP, para os vírus da Febre Amarela e Iguape, e 1x101,6 TCID50/100µL para o vírus Bussuquara. Além disso, o presente trabalho foi capaz de identificar, após sequenciamento de cDNA gerado, os vírus Zika, isolado de um paciente febril, e os vírus Ilheus e Iguape, isolados a partir de diferentes espécies de Culicídeos, após uma única reação de RT-qPCR, e um possível novo flavivírus específico de insetos, isolado de mosquitos Aedes coletados em Guapiaçu, São Paulo. Não houve sinal de amplificação para os Alphavirus Mayaro e Chikungunya. O presente protocolo mostrou-se com alta sensibilidade e especificidade, podendo dessa forma ser utilizado para o diagnóstico diferencial dos diferentes flavivírus que ocorrem no Brasil, bem como para estudos de monitoramento viral em animais sentinelas e vetores, colaborando dessa forma com a saúde pública. Pode-se, ainda, detectar possíveis novos vírus específicos de artrópodes |