Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rigolin, Fernando Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-09062022-142646/
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Resumo: |
Os lodos de estações de tratamento de esgoto (LETEs) são frequentemente dispostos de maneira inadequada, e no futuro a sua disposição ambientalmente adequada será cada vez mais complicada, devido à falta de disponibilidade de área para o seu recebimento e a grande geração deste resíduo, cerca de 1,5 milhões de toneladas por ano no Brasil, ocasionando danos socioambientais. Desta maneira o presente trabalho teve como objetivo analisar a viabilidade técnica da incorporação do lodo da Estação de Tratamento de Esgoto Vila Pureza localizada na cidade de São Carlos, em peças de concreto para pavimentação. Na primeira etapa do experimento o lodo foi classificado como Classe II A (não perigoso, não inerte) segundo os ensaios de lixiviação e solubilização, logo em seguida recebeu beneficiamento para ser incorporado em matriz cimentícia substituindo-o pela areia, em concentrações de 3, 6 e 12% em massa; após a realização das matrizes foi fabricado corpos de prova com as referidas concentrações, onde foram realizados testes mecânicos e optou-se pela substituição de 6% de lodo pela areia na fabricação das peças de concreto, devido aos testes obterem um resultado médio de 34,8 MPa, ficando apenas 0,2 MPa abaixo da norma ABNT NBR 9781:2013. Após a fabricação das peças de concreto para pavimentação foram realizados ensaios mecânicos, dimensionais, ambientais e de absorção a água; os ensaios de absorção a água e dimensionais obtiveram resultados aceitáveis para a fabricação e utilização das peças, segundo a norma ABNT NBR 9781:2013. Os ensaios mecânicos obtiveram resultados abaixo da referida norma, impossibilitando a fabricação e utilização das peças de concreto para pavimentação. Os ensaios ambientais demostraram uma boa eficiência no encapsulamento dos elementos químicos nocivos, apenas os elementos alumínio, cobre, fluoretos, sódio e surfactantes não foram encapsulados; os elementos, cobre e fluoretos ficaram abaixo do limite exigido no ensaio de solubilidade mesmo não sendo encapsulados, já alguns elementos que foram encapsulados (cádmio e fenóis) ainda assim ficaram acima dos limites de solubilização. Dessa forma conclui-se que os blocos não podem ser utilizados em pavimentos para o tráfego de pedestres, veículos leves e veículos comerciais de linha, devido ao seu desempenho mecânico insatisfatório, sugere-se então algumas melhorias como: o aumento da altura da peça, diminuição do percentual de lodo incorporado, e uso de cimento resistente a sulfato, para que o requisito mecânico seja sanado, já que as outras variáveis se mostraram adequadas para a utilização da peça. |