A constituição do modelo competitivo de gestão de pessoas no Brasil: um estudo sobre as empresas consideradas exemplares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Fischer, Andre Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12132/tde-03042009-125228/
Resumo: Este estudo foi elaborado visando contribuir para o debate sobre as mudanças que ocorreram na vida empresarial brasileira durante a última década. Seu principal objetivo consiste em analisar uma dimensão particular deste processo de mudança: as Políticas e Práticas de Gestão de Pessoas que foram adotadas como parte do ajuste geral das empresas brasileiras às pressões competitividade. Ele procura identificar se estas mudanças configuram uma nova forma de atuação qualitativamente diferente das anteriores, constituindo o que podemos chamar de Modelo Competitivo de Gestão de Pessoas. Por ser uma abstração teórica, o modelo é inicialmente construído com base no que a literatura nacional e internacional prevê como tendência geral para a área. Depois, através de uma pesquisa com formadores de opinião, se definem dois resultados intermediários do estudo. São selecionadas as tendências mais aplicáveis ao caso brasileiro e se estabelece um conjunto de empresas nacionais mais representativas do novo modelo de formação. Nas empresas mais destacadas, foram realizados estudos de caso. O que permitiu formar um quadro explicativo mais aprofundado sobre as transformações ocorridas na história recente de suas funções de Recursos Humanos. Embora trate-se de uma pesquisa exploratória, que aborda um movimento ainda em curso na vida econômica e empresarial do país, algumas constatações puderam ser reveladas pelas duas técnicas de investigação adotadas. A principal delas é que as empresas realmente alteraram de forma radical a maneira de se relacionar com seus empregados. Passaram a exigir resultados, a estabelecer uma relação mais profissional e diferenciadora do desempenho individual, além de atribuir às pessoas maior responsabilidade. Com isso o ambiente de trabalho tornou-se mais desafiante e estimulador do desenvolvimento pessoal e profissional, ao mesmo tempo em que se transferiu para a vida organizacional os mesmos princípios de competitividade que regem a lógica do mundo dos negócios. Para que isso aconteça, as políticas, processos e procedimentos de Recursos Humanos são formatados de maneira a gerar mais competição, diferenciação e engajamento ao mercado de trabalho, do que solidariedade, cooperação e lealdade à empresa.