Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Previatti, Carine Botelho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-14072022-171817/
|
Resumo: |
A motivação da pesquisa partiu da observação empírica de um processo em curso: as resistências às remoções de comunidades localizadas na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, perpetradas pelo poder público e intensificadas durante a realização dos Jogos Olímpicos Rio- 2016. O plano do vivido, o cotidiano e as resistências das comunidades entrevistadas - Vila Autódromo, Barrinha, Rio das Pedras e Vila Recreio II - instigaram a compreensão do processo de produção da Barra da Tijuca como uma fronteira de expansão do capital relacionado ao setor imobiliário. Esse movimento iluminou a composição de um campo de forças no processo de produção do espaço urbano, das estratégias do Estado na mediação para a realização dos interesses econômicos e políticos dos poucos proprietários fundiários desse fragmento espacial da metrópole carioca. A hipótese que a pesquisa percorre é de que a produção do espaço na Barra da Tijuca se revela enquanto uma fronteira urbana de expansão econômica de acumulação do capital da metrópole do Rio de Janeiro, mobilizada como uma nova centralidade que demanda, para sua realização, recursos cada vez mais ampliados de expropriação dos trabalhadores que habitam esses espaços; expropriações essas que atravessam o corpo e as relações afetivas que se realizam pelo/no espaço, constituindo o que denominamos como um processo de destituição do vivido. A problemática da tese e o movimento de exposição partem, portanto, da noção de produção do espaço urbano no modo de produção capitalista em uma metrópole situada na periferia do sistema, cujo pressuposto são os processos de destituição do vivido, consubstanciados na radicalidade dos momentos expropriatórios vivenciados pelos moradores da Barra da Tijuca, que ultrapassariam o sentido material de uma viabilização da acumulação econômica, mas se concretizariam, sobretudo, por meio das tentativas de apagamento das relações sociais engendradas nas e pelas práticas de resistência, procurando minar as formas de uma organização social e de uma luta de classes no urbano, que seria portadora de uma virtualidade, de um movimento em construção de uma utopia. |