Jogos de improvisação musical: a voz em processos de criação e experimentação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ducroquet, Elaine Barbosa dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-22012020-170645/
Resumo: A presente pesquisa estuda a voz nos jogos de improvisação musical criados e desenvolvidos por Stenio Mendes, Fernando Barba e presentes nas práticas do projeto Música do Círculo. Para isto, descreve e analisa os conceitos presentes nestes jogos musicais, suas características técnicas, estéticas, expressivas e suas abordagens pedagógicas, a fim de perceber as possíveis contribuições para a voz em processos de criação e experimentação. Para tanto, a pesquisa baseia-se na participação da autora nas práticas citadas, em entrevistas feitas aos protagonistas destas práticas, em questionário feito a doze cantores que tiveram contato e utilizam os jogos de improvisação citados e em reflexões feitas a partir de revisão bibliográfica. No campo teórico, inicialmente apresenta-se uma breve perspectiva histórica sobre a Pedagogia Vocal a partir de Joana Mariz (2016), Costa e Zanini (2016) e Regina Machado (2007). Apresenta-se também o conceito de pedagogias abertas que, neste trabalho, é trazido por Brito (2011). Para a reflexão sobre a improvisação musical como ferramenta pedagógica abordaremos conceitos de J-H Koellreutter (KOELLREUTTER, 1997) (BRITO, 2001; 2015); Chefa Alonso (2008; 2014) e Rogério Costa (2003; 2012). Serão também abordados os conceitos de objetos sonoros e escuta de Pierre Schaeffer (SCHAEFFER apud OBICI, 2006) e R. Murray Schafer (1997). A voz, a corporeidade e os processos criativos vocais terão Adriana Cavarero (2011) e Wânia Storolli (2001; 2009; 2011) como principais fontes de pesquisa e reflexão. Algumas relações estabelecidas entre música e jogo apresentadas por Johan Huizinga (1971) e o olhar para a música enquanto jogo segundo François Delalande (1995), juntamente com os conceitos de rizoma de Gilles Deleuze e Félix Guattari (1980) e de educação musical em modo menor de Brito (2007) também irão compor as reflexões deste trabalho. A partir destes autores e das análises feitas, apresenta-se a proposta do reconhecimento de pedagogias vocais criativas que possam estar alinhadas com uma educação musical que considere a intuição, a escuta e a criatividade vocal como aspectos importantes dentro do processo de aprendizado.