Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jéssica Cumpian |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-02022022-201356/
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Resumo: |
Introdução - O conceito Empoderamento Feminino pode ser entendido como o ato de ampliar o poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, com total igualdade entre os gêneros. Está relacionado também, com o processo de autoconfiança, poder de escolha e garantia de recursos sociais, o que torna a mulher capaz de controlar sua vida no presente e garantir ações para seu futuro. As mulheres modificaram e inverteram muitos papéis impostos pela sociedade e estas modificações podem ter alterado o formato tradicional da saúde da mulher, qualidade de vida, modo de vida e objetivos de realização plena como mulher. Objetivo Analisar e propor um escore de empoderamento feminino de acordo com componentes multidimensionais que expressem os níveis de autonomia das mulheres e sua evolução em diferentes países entre dois inquéritos. Métodos Os dados deste estudo transversal são provenientes da Demographic Health Survey (DHS), a amostra foi selecionada a partir do conjunto de mulheres em idade fértil entre 15 a 49 anos [n=1652956], correspondentes ao primeiro e último inquérito realizado em cada país. Os países selecionados foram separados em continentes ou regiões geográficas: Ásia [9 países]; América do Sul [4 países]; Europa [3 países]; Caribe [5 países]; África Ocidental [11 países]; África Oriental [13 países]; África Central-Austral [9 países]. As variáveis do estudo foram alocadas em três domínios de empoderamento: recurso, agência e estrutura institucional, onde as mulheres são representadas de forma civil, econômica e social. Neste estudo, foram utilizadas variáveis de caráter comportamental, poder de decisão, escolaridade, renda e atitudes quanto a violência doméstica. A Análise dos Componentes Principais (ACP) permitiu a utilização dos padrões de empoderamento como descritores sintéticos dos aspectos diversos da avaliação da autonomia das mulheres. A adequação da amostra em relação ao grau de correlação parcial entre as variáveis foi estimada pelo teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO). Resultados Quatro padrões de empoderamento foram gerados para a Europa e cinco padrões de empoderamento para os continentes: Ásia, América do Sul, Caribe, África Ocidental, África Oriental, África Central-Austral. Os dois primeiros padrões de empoderamento em todos continentes ou região geográfica representaram mulheres com menos autonomia, os dois últimos padrões representaram mulheres com mais autonomia. Alguns países apresentaram evolução das mulheres de acordo com os padrões de pertencimento, portanto, mulheres que estavam alocadas em um padrão caracterizado por ausência de autonomia, passam a integrar o padrão de mais autonomia. Em outros países não houve evolução das mulheres nos padrões de pertencimento. Conclusões Os padrões de empoderamento representam a diversidade de possibilidades de conceitualizar empoderamento, ao analisar de forma multidimensional, e não binária, é possível somar características das mulheres e identificar padrões de autonomia ou ausência dela para tomada de decisões, medidas e políticas públicas em benefício das mulheres. Destaca-se que existem variáveis como: renda, escolaridade, acesso a saúde, e planejamento familiar que estão associadas ao padrão de mais autonomia. O KMO apresentou-se acima de 0,80 em todos os continentes ou regiões geográficas analisadas, considera-se que a adequação da matriz é boa. |