Petrogênese das rochas Pré-Cambrianas da região Itabira/Morro do Pilar, borda sudeste da Serra do Espinhaço Meridional-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Guimarães, Marcelo Lopes Vidigal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-05102015-134750/
Resumo: A região entre Itabira e Morro do Pilar, borda sudeste da Serra do Espinhaço Meridional - MG, é constituída de terrenos Pré-Cambrianos nos quais foram identificados os seguintes conjuntos litológicos: Complexo Gnáissico-Migmatítico; \"Granitóide Borrachudos\"; Metassedimentos; Metabasitos; Rochas Metaultramáficas; e Basaltos. O Complexo Gnáissico-Migmatítico teve uma evolução polimetamórfica e constitui o embasamento (Arqueano) para as sequências supracrustais. Foi dividido em 2 domínios: Domínio I, com predominância de gnaisses ortoderivados homogêneos; e Domínio II, constituído por migmatitos não homogêneos. Como constituinte do embasamento, ocorre ainda o \"Granitóide\" Borrachudos de idade - inferida - Arqueana tardia. Trata-se de um augen-gnaisse onde destacam-se porfiroclastos de feldspato alcalino mesopertítico ricos em inclusões fluidas, além de quantidades importantes de fluorita entre os constituintes menores, evidenciando a importância dos fluidos na sua formação. Os metassedimentos pertencem aos Supergrupos Proterozóicos Espinhaço e Minas. Os metassedimentos Espinhaço foram divididos em quatro conjuntos de litofacies crono-correlatas, depositadas em um ambiente marcado pela progradação, de W para E, de sedimentos de granulação grossa (continentais) sobre facies pelíticas (marinhas). O SGr. Minas, representado principalmente pela sequência itabirítica, situa-se no extremo distal desta progradação faciológica. Estes dados sustentam a correlação entre os Supergrupos Espinhaço e Minas, como equivalentes laterais de facies penecontemporâneas de uma mesma bacia deposicional. Os metabasitos são corpos intrusivos, tardi a pós-sedimentares e pré-tectônicos em relação a evolução dos Supergrupos Espinhaço e Minas, tendo sofrido os efeitos do último metamorfismo regional progressivo. São toleítos continentais, variando de olivina a quartzo-normativos. Suas feições geoquímicas foram pouco modificadas pelos efeitos tectôno-metamórficos. Corpos isolados de rochas metaultramaficas ocorrem localmente e são considerados como corpos do tipo alpino. Todas as unidades Pré-Cambrianas estiveram sujeitas a deformações tectônicas devidas principalmente a cavalgamentos de baixo e médio ângulo, vergentes para W. Rampas laterais e oblíquas importantes, provocadas por um alto estrutural na porção SE da área, são responsáveis pela inflexão local de partes da Serra do Espinhaço, da direção N-S para E-W. O metamorfismo de natureza dinamotermal progressivo, que varia de W para E de facies xisto verde a anfibolito, acompanhou a deformação tectônica regional. Os basaltos tem idade, inferida, mesozóica e são também toleítos continentais. Comparativamente com os metabasitos, rochas mais evoluídas, possuindo teores mais altos em elementos incompatíveis, embora admite-se fontes mantélicas com características semelhantes para ambos.