Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mafud, Loraine Carolina Goenaga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-02092021-161605/
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Resumo: |
Transplantes de órgãos é um tema de grande relevância em diversos aspectos. Há uma crescente demanda de centros especializados em fazê-los, porém não há suficientes doadores disponíveis. Os órgãos de pacientes com infecções onde os antibióticos não são sificientes no tratamento, são descartáveis, diminuindo ainda mais a disponibilidade. Por outro lado, os patógenos que ali estão, podem causar problemas para o receptor devido a baixa imunidade necessária de ser induzida para evitar rejeição. Se tivermos um sistema e procedimentos para diminuir a carga de microrganismos de um órgão a ser transplantado, ganhamos nas duas frentes: aumenta-se a disponibilidade de órgãos e melhora-se o resultado dos transplantes. Neste trabalho estamos demonstrando a viabilidade de podermos diminuir a carga microbiológica de rins para transplante utilizando técnicas fotônicas, com ausência de produtos químicos que podem levar a outras complicações. Utilizando a técnica de utilização de ultravioleta-C como agente físico em líquidos circulantes, pretendemos demonstrar a viabilidade de descontaminar rins, durante a fase de perfusão do órgão, fato que ocorre logo após a remoção do doador, antes do receptor. Para isto utilizamos um sistema de iluminação de UV-C em líquidos circulantes com distribuição de luz perimetral, desenvolvido em nosso grupo. Começamos com a demonstração que somos capazes de diminuir a carga microbiológica do líquido de perfusão durante sua circulação. Utilizando S. aureus como modelo, fomos capazes de demonstrar que em menos de 40 min de circulação e iluminação, eliminamos a carga bacteriana do perfusado (5 log (UFC/mL)), composto de custodiol comercial. Observa-se que a diminuição microbiana é acentuada sem comprometer a integridade do perfusado ele mesmo. Em seguida, criamos um modelo para verificar a possibilidade de diminuição, quando um tipo de órgão (modelo experimental renal) está presente no circuito, liberando de forma diferente uma certa taxa de microrganismos, à medida que se elimina na solução. O resultado demonstra que eliminamos mais rápido do que se libera. Finalmente, utilizamos um modelo ex-vivo com rim de porco, circulando em uma máquina do tipo Lifeport, para demonstrar que podemos contaminar o órgão e em seguida promover a eliminação da carga microbiológica. Os resultados mostram grande viabilidade da técnica, porém com a necessidade de acelerar a capacidade do líquido circulante remover os microrganismos do órgão. Indicativos de uso de ultrassom e controle de temperatura, podem ser soluções a serem testadas no futuro. |