Fatores de risco, distribuição espacial e perspectivas de controle da malária: estudo longitudinal em uma comunidade rural da Amazônia (Granada, Acre).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nunes, Mônica da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-04122008-112728/
Resumo: Apresenta-se os resultados de estudo de coorte em um assentamento rural no Acre, Brasil, onde 509 indivíduos contribuíram com 489,7 pessoas-ano de seguimento. A incidência de malária por Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum foi de 30,0/100 e 16,3/100 pessoas-ano, respectivamente. A morbidade por malária se associou fortemente ao desmatamento e agropecuária e diminuiu após 5 anos de residência no local; além disso ocorreram conglomerados espaciais significantes de casos de malária vivax e falciparum em áreas de ocupação recente. Não houve associação entre alótipos do receptor FcgRIIa, promotor Duffy ou anticorpos contra a PvMSP-1, e malária no seguimento. As respostas humorais e celulares foram mais freqüentes contra as porções C- e N-terminal da PvMSP-1 respectivamente, porém sem relação com as variantes de PvMSP-1 infectantes. O espectro clínico dos episódios de malária foi variado; enquanto cefaléia, febre e mialgia foram sintomas freqüentes, 29,4% dos episódios eram assintomáticos. Os resultados mostram que a aquisição de imunidade clínica é adquirida em áreas de baixa transmissão e que mudanças ambientais causadas nos assentamentos rurais perpetuam a transmissão de malária. Estes achados são de extrema importância para o controle da malária na Amazônia.