Avaliação do perfil genotípico de Leishmania (L.) infantum em pacientes com diagnóstico de Leishmaniose Visceral e sua possível correlação com origem geográfica e coinfecção com HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Renata Elen Costa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-18022020-111456/
Resumo: No Brasil, a leishmaniose visceral (LV) é causada pela L (L.) infantum e tem-se observado nas últimas décadas, uma mudança no seu perfil epidemiológico, deixando de ser uma doença de ocorrência exclusivamente rural e avançando para áreas urbanas. Com a modificação das áreas afetadas pela LV, observou-se também um aumento na prevalência da coinfecção LV/HIV, decorrente principalmente da interposição de áreas de transmissão de ambas as doenças. Além desse fator, um outro ponto relevante que se tem observado, é o aumento da letalidade por LV, associada ou não à coinfecção com HIV. Dados da literatura disponíveis sobre pacientes LV/HIV, da região Mediterrânea da Europa, em que alguns autores demonstram genótipos de L. infantum ocorrendo em regiões geográficas isoladas, porém, sem correlação direta entre o genótipo encontrado e a forma clínica ou coinfecção com HIV. Diversas lacunas no conhecimento do perfil genotípico do parasito, em relação à coinfecção com HIV e área geográfica, podem ser observadas principalmente no Brasil, onde a epidemiologia molecular da leishmaniose visceral ainda não está bem estabelecida. Não se conhece a ocorrência de diferentes genótipos de L. infantum em pacientes com LV ativa, sua relação com a distribuição geográfica e seu comportamento frente às comorbidades como o HIV. No presente trabalho, foi analisado se há ocorrência de diferentes genótipos de L. infantum em pacientes com LV e com LV/HIV provenientes de diferentes áreas geográficas do Brasil, sendo duas regiões de introdução antiga (Montes Claros-MG e Natal-RN) e uma região de introdução mais recente (São Paulo). Utilizando os dados obtidos na PCR - RFLP foram construídos dendrogramas que demonstraram a ocorrência de diferentes genótipos circulando no país, também foi possível observar correlação entre a região de procedência e o genótipo identificado. Nas análises do sequenciamento, foram encontradas mutações características de cada região, sobrepondo somente uma delas presente em 62% das amostras de MG e em 27% das amostras de SP. A presença da coinfecção não interferiu na distribuição das variações genotípicas assim como na ocorrência das mutações.