As relações entre embriologia, genética e evolução e o problema da temporalidade do desenvolvimento (1916-1938)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Arcanjo, Fernanda Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-26032024-085807/
Resumo: As relações entre embriologia, genética e evolução no século XX carregam as marcas da emergência da embriologia experimental, no final do século anterior, e da emergência da genética clássica no início do século XX. Nesse período, os mecanismos do desenvolvimento ontogenético eram pouco compreendidos, especialmente sob uma perspectiva fisiológica. Isso impunha limitações para ambos os campos, mas especialmente para a compatibilização entre eles. Em seu lugar, foi estabelecida uma separação metodológica entre herança e desenvolvimento (anteriormente tomados, de maneira geral, como um único fenômeno). Nesta tese, buscou-se, primeiro, explorar esses aspectos da relação entre os campos da embriologia e da genética, com especial destaque para as ideias do geneticista Thomas H. Morgan. E, segundo, buscou-se compreender como o estudo da evolução foi afetado. Nesse sentido, foram investigados, também, os trabalhos de quatro geneticistas e embriologistas que, procurando uma integração entre a embriologia, a genética e a evolução, tentaram produzir uma abordagem para o estudo do desenvolvimento. Eram eles Richard Goldschmidt, Julian Huxley, Gavin de Beer e J. B. S. Haldane. Sua proposta era restringir a análise ao aspecto temporal do processo, isto é, abordar a determinação do tempo do desenvolvimento. Alguns tentaram compreender como os genes determinavam o tempo dos processos do desenvolvimento, enquanto outros enfatizaram quais as implicações do controle genético da temporalidade do desenvolvimento para o processo evolutivo. Todos, no entanto, estavam submetidos a importantes limitações teóricas, técnicas e metodológicas para a integração buscada, o que restringiu o alcance de seus objetivos.