A construção da autonomia na educação infantil: uma experiência a partir da cultura corporal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Vieira, Viviane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22022008-154640/
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo descortinar possibilidades de contribuir, a partir de pressupostos piagetianos e de estudiosos que aprofundaram suas pesquisas, para a construção da autonomia dos alunos, tendo em vista uma relação que priorizava o respeito mútuo e a reciprocidade, tanto entre os próprios alunos como entre estes e sua respectiva professora, de maneira a fomentar a coordenação de diferentes pontos de vista em função da reflexão e análise de elementos da cultura corporal patrimonial da comunidade na qual estavam inseridos os alunos. Para tanto, a metodologia escolhida para a realização deste trabalho foi a pesquisa-ação. A docente que participou da pesquisa o fez em caráter colaborativo, tomando parte das decisões ao longo do processo juntamente com a pesquisadora. Neste sentido, foi realizado um projeto de trabalho como estratégia didática, cujos dados foram coletados por meio de observação semi-estruturada e registrados tendo em vista tanto os avanços dos alunos em relação a aspectos relacionados à autonomia destes, como em relação ao desenvolvimento da docente frente ao trabalho realizado. O que se observou é que os alunos ao longo da pesquisa, de forma geral, modificaram posicionamentos baseados em posturas heterônomas em favor de posturas mais autônomas e conseguiram coordenar diferentes pontos de vista. A docente por sua vez, gradativamente abandonou a descrença em relação às possibilidades do trabalho com a cultura corporal, percebendo a riqueza dos resultados obtidos em relação às conquistas dos alunos, conseguindo também posicionar-se junto à pesquisadora frente às intervenções que foram tomadas durante o processo. Assim, é possível concluir que este trabalho pôde de fato contribuir para a construção da autonomia dos alunos na medida em que não só possibilitou que as crianças reformulassem valores e princípios em favor de posturas mais autônomas como também atuou na edificação de instrumentos essenciais ao cidadão capaz de coordenar diferentes pontos de vista, analisando-os de forma responsável, a fim de tomar decisões em prol do bem comum.