Proteção e fiscalização de áreas protegidas da Mata Atlântica paulista na perspectiva de quem as protege

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Munhoes, Leticia Prado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-12012021-111747/
Resumo: A criação de áreas protegidas (APs), por si só, não garante que a biodiversidade seja efetivamente protegida. São necessárias medidas complementares como a fiscalização ambiental, o que torna o corpo de guarda- parques e/ou ocupações similares a linha de frente da proteção dessas áreas. Entender a proteção na perspectiva e experiência desses atores pode contribuir significativamente na gestão da biodiversidade. No entanto, isso tem recebido relativamente pouca atenção por parte dos pesquisadores, especialmente no Brasil. Este estudo teve como objetivo contextualizar a fiscalização em quatro áreas protegidas no Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar (CBSM), estado de São Paulo. Com base em 45 entrevistas semiestruturadas com guarda-parques e/ou ocupações similares, descrevemos a atividade na perspectiva dos próprios profissionais que a exercem. As APs selecionadas possuem contextos diferentes de tamanho, gestão e graus de fiscalização. A pesquisa foi dividida em etapa duas etapas. Na primeira, os dados foram analisados de forma qualitativa através da análise de categorização, elaborando uma narrativa sobre o contexto observado. Na segunda etapa, os dados foram analisados de forma quantitativa através de estatística descritiva. Os resultados revelaram as condições difíceis de trabalho que esses atores enfrentam no dia-a-dia. Equipes pequenas demais, falta de capacitação básica e padronizada, de equipamentos e de reconhecimento foram algumas das dificuldades reportadas. Entretanto, essas condições não impedem a realização da atividade por esses atores. O mesmo cenário é observado em outros países em desenvolvimento, evidenciando a urgente necessidade de valorização da profissão, bem como das APs, além do investimento em recursos, capacitação e regulamentação da profissão no país. Embora os resultados não possam ser generalizados para outras áreas protegidas dentro ou fora do estado de São Paulo, eles contribuem como conhecimento básico sobre a ocupação diretamente responsável pela proteção de APs, além de ser um ponto de partida para pesquisas futuras.