Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Matheus da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-01112023-160459/
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Resumo: |
A utilização de boro (B) na silvicultura mundial tem aumentado, promovendo ganhos de produtividade e qualidade dos produtos. Entretanto, fontes solúveis de B têm sido preferencialmente utilizadas, embora apresentem maior potencial de causar fitotoxidez e perdas por lixiviação. A hipótese deste estudo é que fontes de B de menor solubilidade apresentem menor lixiviação, maior absorção e maior produtividade de espécies florestais (mogno-africano e eucalipto) quando comparadas à fontes solúveis. O objetivo geral do estudo foi avaliar a dinâmica no solo e na planta de fontes de B de diferentes solubilidades em mogno-africano e eucalipto. Para isto, o estudo foi conduzido em três etapas: (1) Uma abordagem de revisão bibliomética, (2) Dinâmica de B no crescimento de mudas florestais (eucalipto e mogno africano) em condições controladas e (3) Fontes de B no crescimento de eucalipto em condições de campo. Na etapa 1, foi realizado estudo bibliométrico para analisar a distribuição espaço-temporal dos trabalhos relacionados ao manejo do B em eucalipto no período de 1970 a 2021. A etapa 2 foi conduzido em casa de vegetação, onde foram plantadas mudas de mogno-africano e eucalipto em vasos contendo 9 kg de solo, com sistema de coleta do lixiviado, as quais receberam fontes (bórax granulato, ulexita e colemanita) e doses (0, 1,5 e 3,0 mg dm-3 de B). Foram realizadas avaliações morfológicas, fisiológicas e análise química nas folhas, no solo e no lixiviado. A etapa 3 foi conduzida em condições de campo, nos municípios de Agudos-SP e Júlio Mesquita-SP, com cultivo de eucalipto até os 24 meses de idade. Neste estudo foram avaliadas as fontes de B (octaborado de sódio, ácido bórico, bórax em pó e granulado, ulexita e colemanita), na dose de 5 kg ha-1 de B. Aos 6, 14 e 24 meses de idade foram realizadas análises de folhas, mensuração de altura, diâmetro da altura do peito e incremento médio anual. Na etapa 1 foi possível concluir que os estudos com fertilização boratada em eucalipto aumentaram nos últimos 10 anos, no entanto, ainda é tratado de forma regional entre os países. Neste contexto, o Brasil é destaque nas pesquisas relacionadas ao manejo do B em eucalipto, particularmente em instituições das regiões Sul e Sudeste. Na etapa 2, observou-se que a resposta das espécies florestais em incremento de biomassa na fase inicial de crescimento não foi influenciada pelo fornecimento de B, mesmo cultivado em solos com baixo teor do elemento. Fontes solúveis, como tetraborato de sódio e ulexita, bem como doses acima de 1,5 mg dm-3 causam sintomas de toxidez nas folhas do mogno-africano. O tetraborato de sódio apresentou maiores perdas por lixiviação e menores teores residuais no perfil do solo. Na etapa 3 identificou-se que as fontes mais solúveis apresentaram maior incremento no teor de B foliar, porém promovem sintomas de toxidez nos primeiros seis meses de crescimento da floresta. A conclusão deste estudo é de que fontes de B de média a baixa solubilidade podem ser utilizadas para plantios de espécies florestais, garantindo menor perda por lixiviação e evitando riscos de toxicidade. |