Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Lorena Ohana Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-16022023-091531/
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Resumo: |
Esta pesquisa de mestrado buscou investigar e analisar a construção de metodologias de educação teatral que sejam acessíveis às crianças e jovens com deficiência visual. Para isso, foram realizadas entrevistas com duas professoras de teatro que trabalharam com crianças e/ou jovens com deficiência visual em ambientes educacionais e/ou teatrais, a fim de perscrutar seus trajetos profissionais, suas impressões pessoais acerca desta interlocução entre teatro, educação, deficiência visual, infância e juventude, bem como as metodologias por elas construidas para a educação teatral. Foram realizadas também entrevistas com dois ex-alunos de teatro, a fim de considerar os atravessamentos gerados pela interlocução teatro/educação em suas próprias experiências de vida, bem como os sentidos e significados que ressoaram durante e depois destas experiências vividas por eles enquanto crianças e/ou jovens com deficiência visual. Buscou-se refletir acerca da complexidade de fazer teatro e de fazer educação que considerem a multiplicidade de modos de ser no mundo, a partir de pressupostos que comunguem conceitos que se aportam na heterogeneidade de corpos, na aprendizagem inventiva e na experiência perceptiva. As noções de infância, juventude e deficiência também são discutidas a partir dos estudos das Ciências Sociais, da Psicologia, da Filosofia e da Antropologia. A problematização da conceituação do teatro enquanto uma arte essencialmente visual e universal engendra um paradoxo quando inserimos a existência de pessoas que não fazem uso da visualidade neste contexto, problematizando tal essencialidade visual, bem como sua universalidade. Questiona-se, ainda, como construir uma educação teatral que considere a deficiência visual como constituinte dos modos de ser no mundo e não como limite das crianças e jovens com deficiência visual, considerandoas/os seres completos. As análises revelaram que a educação teatral se apresenta como espaço político para reflexões sociais, para a reestruturação de normas que considerem as múltiplas formas de relação e de vida, bem como para a construção de práticas que acolham a multiplicidade dos modos de expressão, percepção, simbolização e de relação conosco, com outrem e com o mundo. |