Avaliação dos efeitos modulatórios e mecanismos do fragmento sintético deleptina LEP5 na regulação da hematopoiese de camundongos submetidosà desnutrição proteica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dias, Carolina Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-14102022-130458/
Resumo: A desnutrição é um distúrbio nutricional caracterizado pela ingestão inadequada de alimentos ou nutrientes. Estudos anteriores do nosso grupo demonstraram que a desnutrição proteica provoca alterações hematológicas como a anemia e leucopenia, bem como alterações quantitativas e estruturais no microambiente medular. Dentre as diversas moléculas que possuem ação na regulação metabólica e energética do organismo e também na hematopoiese, a leptina tem surgido como uma forte candidata. Desta forma, estudos relacionados com fragmentos sintéticos de leptina, têm sido de grande importância, pois são fáceis de serem produzidos e de baixo custo. Estudo anterior com o fragmento sintético de leptina modificado, demonstrou sua bioatividade ao modular a proliferação de células tronco hematopoiéticas. Sabendo que o sistema hematopoiético do modelo animal de desnutrição proteica é extensivamente comprometido, estudou-se os efeitos modulatórios deste fragmento LEP5 na hematopoiese. Os resultados demonstram que o fragmento sintético LEP5, em modelos animais de desnutrição protéica, é capaz de: (I) modular positivamente o sistema hematopoiético dos animais desnutridos (dado confirmado através da análise do ciclo celular, citotoxicidade medular e hemograma), além de apresentar capacidade clonogênica (aumentando a quantidade de CFU-GM); embora, não fora possível observar modulações nas células esplênicas. (II) O ensaio bioquímico não revelou alterações dos parâmetros avaliados, neste modelo animal, quando em comparação com grupo de animais desnutridos. (III) A quantificação das citocinas circulantes e no lavado medular, não apresentaram alterações. (IV) A proteína p-JAK2 (principal via de sinalização da leptina) foi ativada. (V) A análise histopatológica medular, confirma os resultados encontrados a partir da modulação positiva observada pelo fragmento, no modelo de desnutrição proteica. No entanto, a análise histopatológica do rim, baço e fígado, denotam em quadro inflamatório agudo provocado pelo tratamento. (VI) O perfil hematológico, confirma os resultados obtidos através do hemograma e recuperação do quadro de anemia. A análise imunofenotípica do timo e do sangue periférico, revelam indução positiva pelo tratamento. Ademais, as análises do ciclo celular e a viabilidade celular nas células tronco hematopoiéticas, confirmam resultados da modulação positiva, observada na medula óssea. Houve também, aumento da expressão de LEPR+, nas CTHs de modelos desnutridos tratados como LEP5 e aumento do Ca2+ intracelular. (VII) O peptídeo não degrada rapidamente em soro bovino, após análise por espectrometria de massa e demonstra estabilidade do fragmento e por fim, o tratamento não leva ao estresse oxidativo. Portanto, a potencialidade terapêutica do fragmento LEP5, foi demonstrada.