Desenvolvimento de biocompósito polimérico à base de ácido polilático e nanopartículas para liberação controlada de metadona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Censoni, Júlia Barrionuevo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-04052021-135546/
Resumo: O controle da dor moderada a severa em animais é muitas vezes limitado devido ao controle rigoroso de alguns medicamentos e à dificuldade de se realizar o tratamento analgésico adequado em ambiente extra-hospitalar. Nesse sentido, a via transdérmica constitui uma alternativa de interesse para a administração de opioides, uma vez que apresenta potencial para promover analgesia prolongada e reduz a ocorrência de efeitos adversos. A metadona é um opioide com capacidade de ação na dor aguda, crônica e neuropática e possui características físico-químicas que a tornam adequada para administração transdérmica. O presente estudo teve por objetivo a obtenção e caracterização de nanocompósitos poliméricos baseados em fibras de ácido polilático (PLA) com nanopartículas de sílica mesoporosa para liberação controlada de metadona. Para comparação do efeito da concentração de fármaco e sílica nas fibras de PLA, foram obtidas matrizes poliméricas com diferentes composições por meio da técnica de eletrofiação. Estas foram avaliadas com relação ao teor de cloridrato de metadona, propriedades térmicas, composição, distribuição do diâmetro das fibras poliméricas e das nanopartículas. Adicionalmente, foi realizado um ensaio de liberação in vitro em solução tampão-fosfato (PBS) de pH 5,5 e 32±1°C, condições semelhantes às da superfície da pele. Nas análises térmicas observou-se interação entre o fármaco e as fibras poliméricas. A presença do fármaco melhorou a estabilidade do processo de eletrofiação, resultando em fibras poliméricas de melhor conformação. A presença da metadona e nanopartículas de sílica nos compósitos contribuíram para um aumento discreto na hidrofilicidade dos materiais, o que pode ser positivo em um dispositivo de liberação transdérmica. Em todos os materiais, ocorreu uma rápida liberação inicial e uma liberação sustentada até cerca de 8 h. A variação na concentração do cloridrato de metadona, assim como a adição das nanopartículas de sílica nas fibras, não modificou o comportamento de liberação no material em PBS, provavelmente devido às baixas concentrações utilizadas. Conclui-se que os materiais obtidos possuem capacidade para liberação lenta do fármaco in-vitro por até 8 horas, tempo que pode ser potencialmente estendido pelo aumento da espessura da manta polimérica.